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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

About Lifestyle: Todos querem ser Craig Anderson


Lifestyle. Uma das palavras mais em voga nos dias de hoje. 
Cada pessoa tem o seu, ou pelo menos tenta criar o seu próprio estilo de vida. Se não conseguir por si próprio não desanime, existe um senhor que se chama Craig Anderson e que o pode ajudar a ser "cool" e ter uma vida porreira.
O australiano Craig Anderson é um free-surfer, conhecido pelo mundo fora e talvez o surfista actual mais seguido pelos fãs deste desporto. A razão é simples: a sua mestria na hora de juntar à sua paixão pelo surf, a moda.
É hoje a maior referência em lifestyle ligado ao surf e moda que se conhece neste planeta. Se a maior parte dos miúdos quer ser jogador de futebol, ou vir a ser como o Messi ou Ronaldo, a criançada que cresce no seio familiar de "bem", deixa essas referências swaggers de lado, e todos querem ser Craig Anderson! 
Eu mesmo, quando for grande, gostaria de ser como o Craig.


Para além de ser o surfista com mais estilo na hora de mandar trapos para cima de si (algo que parece fazer, ficando sempre com a maior pinta), tem também um dia-a-dia daqueles que nos levam a questionar se o paraíso é mesmo no Ceú ou não será na Terra!
Este "canguru do surf" vive entre praias paradisíacas, fotos de postal, casas de madeira, pães de forma, surfadas, palmeiras, campos de arroz...e ainda lhe pagam para isto tudo. É certamente a melhor profissão do mundo. Um world-traveller surfista que é vestido pelas melhores marcas associadas a este desporto, e que ainda por cima lhe pagam. E ao contrário, por exemplo, do futebol, não existem regras de maior, apenas ser feliz a fazer o que se gosta pelo mundo fora, sendo ainda um ícone.


Falando um pouco mais em moda, o Craig junta como ninguém tudo aquilo que mais aprecio no modo de vestir: conforto e bom gosto, ambos regados com ligações ao grunge e aos anos 70/80/90.
A começar pela moda do cabelo comprido que está de volta com mais força do que nunca, mostrando-se este como um dos seus novos impulsionadores. 
Se não conhecias a "peça" é mais fácil agora identificares a maioria dos seguidores do surf pelo estilo. Todos se influenciam num tal de Anderson. E em Portugal já há bastantes exemplares deste bom gosto ligado à forma de vida, como são os casos de Alex Botelho, Diogo Appleton e Nicolau Von Rupp.
Para se inspirarem, deixo-vos com alguns dos melhores contributos deste bacano:

  


So fresh and so clean!!


domingo, 20 de setembro de 2015

Lisboa de barriga cheia - 13 Top FoodPorn 2015


Faço isto depois de almoço, mesmo para não correrem o risco de se babarem.
Como todos sabemos, Lisboa é o centro nevrálgico de tudo o que de bom Portugal tem para oferecer em termos gastronómicos. Mas como o mundo é cada vez mais global, uma capital europeia que se preze tem muito mais do que comida nacional como opção de topo. Os sabores do mundo são mais que muitos e em todo o seu esplendor na nossa Lisboa.
Por isto, e em tempos de crise, vou-vos sugerir 13 novos espaços para tirar a barriga da miséria na capital.
Ora, siga a banda (prometo não colocar imagens para não ferir susceptibilidades):

1. Mercado de Algés
Começámos pelo Mercado de Algés – aberto desde julho – que reúne vários espaços com diferentes tipos de comidas: são 16 os conceitos presentes no “food court”, desde gelados, ao sushi, e de burritos a diversos petiscos.
Espaços: Peixe Ó Balcão, Chicken All Around, Atalho do Mercado, Atalho Burguer House, Sushic, Walkamole, Weeel, Artisani, O Mercado dos Bolos, NaTábua, A Banca do Petisco, Pizza ao quadrado e Mister Pig.
Morada: Mercado de Algés, Rua Luís de Camões, Algés
Telefone: +351 215 968 019
2. A Fábrica das Camisas
Cozinha tradicional portuguesa com toques contemporâneos, pela mão do chef Carlos Robalo.
Morada: A Fábrica das Camisas, Rua de Santiago, 10, Lisboa
Telefone: +351 213 941 616
Preço médio: 30€
3. Bagels and Friends
Há um novo espaço em Lisboa para provar bagels com produtos bem nacionais, como o queijo da Serra e o presunto. Mas há muitos mais recheios para experimentar.
Morada: Bagels and Friends, Rua da Madalena, 69, Lisboa
Telefone: +351 211 302 753
Preço médio: 10€
4. Casa Amarela
Com chefs nepaleses, este espaço mistura os ingredientes nacionais com uma fusão asiática e inspirações gastronómicas do Nepal, Índia e Paquistão. Tudo reinventado. Servem brunch ao sábado, entre as 10h00 e as 16h00.
Morada: Casa Amarela, Rua Alexandre Herculano, 61b, Lisboa
Telefone: +351 213 880 297
Preço médio: 15€
5. Já Te Dou O Arroz
A especialidade? O arroz pois então! Desde o prato principal, com variados arrozes, até ao arroz doce para a sobremesa.
Morada: Já Te Dou O Arroz, Rua da Alfândega, 106, Lisboa
Telefone: +351 218 871 068
Preço médio: 20€
6. Mercantina
Depois de Alvalade, este restaurante de cozinha italiana tem agora um espaço novo no Chiado.
Morada: Mercantina, Rua da Misericórdia, 114, Lisboa
Telefone: +351 917 243 933
Preço médio: 20€
7. Noori Kioosk
Serve sushi, temakis e muitas outras iguarias da cozinha japonesa. Tem menus a partir de 4,95€.
Morada: Noori Kioosk, Jardim da Burra, Estrela, Lisboa
Telefone: +351 910 908 919
Preço médio: 7,50€
8. Para sempre
Espaço no LX Factory com bar e restaurante que privilegia a gastronomia portuguesa.
Morada: Para sempre, LX FACTORY, Rua Rodrigues Faria, 103, Ed. H, Lisboa
Telefone: +351 214 023 580
Preço médio: 20€
9. Peixaria da Esquina
Antiga Cervejaria da Esquina, agora com tónica em pratos de peixe, mas mantém a chefia de Vítor Sobral na cozinha.
Morada: Peixaria da Esquina, Rua Correia Teles, 56, Campo de Ourique, Lisboa
Telefone: +351 213 874 644
Preço médio: 25€
10. Sala de Corte
As especialidades são as carnes grelhadas: “todos os cortes são preparados num josper, a combinação de uma grelha a carvão 100% vegetal com um forno de altas temperaturas, que lhes realça a textura, o sabor e a suculência tradicionais da brasa”.
Morada: Sala de Corte, Rua da Ribeira Nova, 28, Lisboa
Telefone: +351 213 460 030
Preço médio: 25€
11. Taqueria La Siesta
Sabores mexicanos e a comida das tradicionais taquerias de rua do México. Decoração alegre e ambiente animado. Prove as cervejas mexicanas.
Morada: Taqueria La Siesta, Rua Cintura Porto de Lisboa, Edifício Gonçalves Zarco, Loja 12 a 17 Doca de Alcântara, Lisboa
Telefone: +351 213 970 016
12. The Old House (destaque!!)
Casa com chefs especialistas na comida de Sichuan, na China, que é mundialmente reconhecida.
Morada: The Old House, Rua Pimenta, 9, Expo, Lisboa
Telefone: +351 218 969 075
Preço médio: 25€
13. Yum Cha Garden
Restaurante com especialidades da cozinha chinesa.
Morada: Yum Cha Garden, Rua D. João V, 31C, Lisboa
Telefone: +351 211 350 006
Preço médio: 15€
Difícil escolher não é!? Altura para poupar e cometer o pecado da gula por Lisboa. 
Todos diferentes todos iguais...se é que me entendem...
13 o número da gula!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Isto não tem sido nada bonito, portanto...


Na sequência do novo programa da TVI 24, tive a brilhante ideia de desmistificar um pouco do que é realmente isto da política. E avanço desde já, não a levem tão a sério porque ela não está para aí virada.
Primeiro que tudo, desengane-se quem pensa que a política nos serve a nós cidadãos que lhe damos voz. Pelo contrário, ela apenas se serve de nós sem ser convidada. Por isso, a ideia de que a solução de todos os problemas está na política é pura ficção, como já temos reparado, mas é a forma menos má que encontrámos para alguém nos governar.
Durante a minha licenciatura e mestrado, tive a oportunidade de ouvir, na primeira pessoa, testemunhos de quem já "lá" esteve (naquele poleiro onde nós os metemos), e desde então fiquei com uma ideia muito mais clara deste universo temático.
Se no princípio da política esta era para sábios, inteligentes e doutrinadores, hoje a realidade mostra-nos que basta ter metade de cérebro, um fato, uma gravata, risco ao lado, e saber dizer "pão" para que tenha tudo para dar certo. Aqui a inteligência deu lugar à esperteza, se é que me faço entender...
É a questão fundamental que desmonta tudo o que um político possa orar para cativar eleitorado (objectivo único do burocrata é a chegada ao poder e por lá ficar  máximo de tempo possível), por isso, fico chocado quando oiço dizer que os políticos prometem muito e depois quando lá estão não cumprem nada. Não existe maior ingenuidade da nossa parte do que esta. A isto mesmo se chama academicamente o "ciclo do burocrata", e como próprio nome indica é cíclico, ou seja: 

1- existe a promessa que gera confiança;
2- a chegada ao poder que gera popularidade;
3- o incumprimento das promessas que gera desconfiança;
4- a concretização de algumas promessas em fim de mandato que gera novo aumento de popularidade;
5- nova campanha e novas promessas que geram nova confiança;

É só isto mais nada!
E para além de que toda a vida política é uma mera ritualização do poder, composta por: comportamentos padrão, discursos clichês, e vestir o figurino certo. Portanto, tudo o que se passa num parlamento é pura ficção, apenas a demonstração de rituais inerentes aos cargos para os quais o povo os escolheu. Nada se decide ali meus caros...tudo já estava decidido antes.


(não sei se já alguma vez repararam no quão ridículo é, quando, sempre que um político discursa para um micro, está sempre rodeado por apoiantes que estão ali para isso mesmo. São figurantes que servem para dar força à imagem do burocrata)

As campanhas eleitorais são outro momento de alta ritualização do poder. Nem a oposição é verdadeira. Apenas existe a preocupação de dar a "escolher" ao povinho mais do que uma opção no cardápio.
Esta ritualização e ficção só servem os intentos do burocrata que tem como um dos principais objectivos manter o seu eleitorado o menos politizado, menos consciente, e o mais ignorante possível. Só assim as coisas dão certo na política. Países com povos muito instruídos e lúcidos politicamente, são povos mais avançados na "coisa pública" e países onde os índices de corrupção são menores. Basta viajarmos para norte.
Em Portugal, está na altura destes ritualizarem entre si tudo isto, e ao mesmo tempo nos deixarem o mais confusos possível, o que significa trabalho bem feito. Para a maior parte do eleitorado português basta ouvir aquela frase que se queria ouvir e pronto, tudo o resto não interessa e a cruz está desenhada no boletim de voto.
Depois, resta-nos continuar a votar sempre que somos chamados, pois mais vale um eleitorado ignorante do que um eleitorado mudo.
Votemos no que de menos mau existe!!    


terça-feira, 8 de setembro de 2015

Lupus est homo homini non homo


Boa tarde,

ao que parece, estamos no tempo dos demagogos, sábios, visionários, escribas, filósofos, pensadores, opinadores, vendedores de pesadelos, argumentistas...não sei bem em qual deles me hei-de encaixar, mas algo se há-de arranjar para me catalogar. Porque se hoje não tens um rótulo é complicado que consigas a atenção necessária à tua sobrevivência social, que respira muito menos do que imaginamos.
Os refugiados de guerra poderiam muito bem mover-se pelo mundo a bordo de táxis contratados pelo serviço Uber. Sim, porque estes também têm smartphones, e como são "zés-ninguéns" não deviam. E isso choca o ignorante, que também é pessoa, mesmo antes de saber que este povo também tinha uma vida num canto do planeta, tal qual cada um de nós. No entanto, nem todas as vidas são iguais, e isso é que nos aflige, não podermos falar à vontade daquilo que não se passa nas nossas quatro paredes. Se acontece é sinal de que podemos falar, mesmo que montes de bosta insista em sair das nossas bocas, ou da ponta dos nossos dedos.
Ao que parece também existe uma terminologia que vem ficando em saldos estes dias. 3ª Guerra Mundial é proferida para relatar o que se vem passando na Europa. Ora, lê-se tanto que quem escreve será que detém o verdadeiro significado do conceito? Se assim fosse, já estaríamos há muito para aí na 20ª Guerra Mundial. 
A crise agrava-se e é grave. Urge mudança ou uma fuga para trás. Ainda assim, carece de controlo e punições severas, porque "à vontade, não é à vontadinha".
Somos escória, estamos em falência, não somos nada. 
"O homem é o lobo do homem" e sempre andei em torno destes pensamentos filosóficos em relação ao estado natural/selvagem do Homem. Chegou a altura em que tomo partido desta afirmação!!
Somos maus, e come-mo-nos uns aos outros sem sermos canibais.
Tenho medo do amanhã, não do meu, mas dos meus...
Obrigado Plauto e Hobbes, agora vejo melhor.


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A inversão dos vícios.


Constatação de facto: (acordo ortográfico não em vigor neste blog)

Eu nasci em plena década de 80 e cresci durante toda a década de 90. Portanto, nasci e cresci em plena explosão do consumo de drogas, álcool e tabaco. Aparentemente, estes eram os tempos em que as cadeias de fast-food começavam a proliferar pelo solo nacional e a deixar as pessoas obesas de gula. Naquela época todas estas coisas, que rapidamente se transformaram em vícios da maioria, eram resvales de uma sociedade que acabará de sair de anos de ditadura e ansiava por se mostrar capaz de ser dona do seu nariz (livre), mesmo sem saber o seu verdadeiro significado. 
Por isto, era normalíssimo encontrarem-se nas ruas: toxicodependentes a cair de ressacas e pedradas, bêbedos a consumir vinho de mesa, adolescentes que começavam a fumar ainda no ciclo preparatório, e famílias inteiras que excursionavam à Meca dos hambúrgueres e das pizzas mais próxima. Todos lambiam os dedos, cada um à sua maneira, mesmo que já os tivessem vendido para pagar o vício.
Quem fosse viciado em qualquer destes temores era tido com alguma consideração no seu seio social. Exemplos a seguir. 
Parece quem foi há tanto tempo, não fosse o tempo uma coisa passageira que passa por nós como se tivesse sido ontem.
Hoje conversamos de outra maneira. Mudam-se os tempos mudam-se as modas...
Será que podemos afirmar que os vícios passaram a virtudes? Eu não arrisco isso.
O que é certo é que nos tempos que correm, essa nuvem negra foi soprada (superada) e finalmente a sociedade começa a reconhecer um plano de detox geral. Os excessos de outros tempos parecem ter passado à história, e hoje o goal é totalmente o inverso.
Existe uma tremenda demanda por ser, e fazer-se querer parecer o mais fit possível! Mas o que é isto de ser fit que toda a gente quer ser, mas que nem toda a gente sabe o que quer dizer (à imagem do que escrevi acima). Ser fit não é apenas ter-se aquele corpinho danone capa de revista, o conceito vai mais além. 
Ser fit é levar-se um estilo de vida saudável, activo, consciente, limpo e contagiante!
Finalmente, há uma nova forma de olharmos para nós próprios e de olharmos para os outros. Se em tempos no seio social os abusos eram de ressalvar em qualidades, hoje é exactamente o contrário que faz de nós seres aceites e bem vistos.
Actualmente, quem não tem cuidado no que põem à boca, quem não faz desporto, quem não se apercebe dos problemas do planeta, quem vive agarrado aos vícios do passado, e quem não dá o exemplo, é olhado de lado e censurado pela sociedade. Basta-nos olhar para as redes sociais que são sempre o melhor eco de quem somos e para onde vamos. Claro que nem tudo é um mar de rosas, mas isso é outro assunto. Nas redes sociais "o pão nosso de cada dia" são corpos cuidados e mentes sãs. 
Por exemplo, nada me dá mais prazer (eu que nunca fumei) ver amigos/as de sempre, que fumavam desde a escola porque era fixe, a deixarem de o fazer em consciência. Malta que não se preocupava minimamente com o excesso de peso, e que agora faz exercício e tem gosto em fazê-lo. Pessoas que comiam por gulodice e que agora tem a roda dos alimentos na cabeça...
Mas poderemos nós afirmar que os vícios deram lugar às virtudes? Não me parece de todo.
Pensem nisto.