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segunda-feira, 20 de julho de 2015

O inesquecível é repetível, certo?


Aquele fait diver de que as segundas feiras são terríveis, batem o seu expoente máximo quando existiu um fim de semana que se desenrolou como memorável. Este foi um desses poucos casos, porque as coisas memoráveis são mesmo assim: escassas.
Tudo isto começou quando um grupo de amigos parte ao sábado, pela fresquinha rumo a norte, e o destino é Arouca/Serra da Freita. Agora perguntam vocês: "Mas o que é que se faz nesse fim de mundo?", eu explico e é muito simples, resumindo-se apenas a um estrangeirismo: Canyoning!!
Palavra que até ao sábado passado não encontrava significado no meu dicionário, apenas um tremendo ponto de interrogação. 
Depois de muitos kms Serra da Freita acima, chegámos a uma aldeia que me faz escapar o seu nome, no topo dos topos. No meio de gado bravo a passear pelas estradas de xisto, fomos ao encontro do grande Pedro Trilhos, Afonso Vilela e companhia que nos esperavam há já mais de uma vergonhosa hora e pouco. Não fosse a tremenda simpatia e compreensão de todos, isto começaria mal, mas muito pelo contrário. Entre apertos de mão, palhaçadas, equipamentos e briefings, demos por nós no ponto de partida. 
Mas antes de continuar, e por palavras de rookie, abro aqui um parênteses, para definir canyoning.
"Para mim, este desporto radical é o expoente máximo da relação mais intíma, entre a natureza, em todo o seu esplendor, e a ousadia do ser humano. O objectivo é encontrar a harmonia perfeita entre dois corpos, que se vão adaptando um ao outro ao longo de um trilho, que se desenrola da nascente até à foz, ao longo de todo o leito do rio. Assim, com o equipamento necessário, o objectivo mais técnico é chegar são e salvo ao fim do canyon, depois de ultrapassarmos as dificuldades impostas pela paisagem, seja por slide, rapel, escalada, ou um misto entre crossfit e parkour. Não, não tem nada que ver com canoagem. Dependendo do trilho, entre as dificuldades a ultrapassar, podem estar: escarpas, rochas, falésias, declives, água, cascatas, ravinas, longos saltos..."
Neste desporto, a coragem, o medo, o risco e a adrenalina andam de mãos dadas, sendo a fronteira entre elas bastante ténue. Existem mesmo piques de sentimentos tão contraditórios, que podemos mesmo acabar por ser as pessoas mais felizes do mundo durante estes momentos.
Eu, fui uma das pessoas mais felizes do mundo, por culpa dos meus amigos e disto:


Depois de muitos e muitos anos a praticar um desporto que acabou por nem sempre me fazer feliz, e que agora chega ao fim, acho que tenho aqui algo que me vai acompanhar nos próximos anos de sorriso nos lábios. Fiquei completamente viciado. 
Esqueçam o medo, e experimentem este deporto fantástico.
Foi a melhor experiência da minha vida!!!

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