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quarta-feira, 30 de maio de 2018

Competição inflamável

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A imagem acima podia ser de um filme, mas não.
No início da década de 60, no desencadear daquela que foi (até hoje) uma das maiores vergonhas da história da nação americana, vários monges budistas vietnamitas, pegavam fogo a si próprios em plena praça pública, em jeito de protesto, para com a competitividade religiosa levada a cabo pelo regime tirano do Vietname do Sul, que inicialmente fora fortemente apoiado por Kennedy.
Estas imagens tiveram um enorme impacto em mim. Não só pela sua agressividade, mas principalmente pela natureza e significado. 
Tudo isto nos remete para a competição entre semelhantes. O que me permite arriscar fazer uma analogia para com os nossos tempos.
Eu, cresci até à idade adulta, envolto num contexto de tremenda competitividade. O objectivo era ser melhor que todos os outros meninos, em tudo aquilo que fazia. Essa formatação levou-me a perder a noção de que era jovem.
Fui sendo refém de algo que gostava de fazer, mas que me punha à prova todos os dias: ser melhor do que quem está ao meu lado.
Ora, há um punhado de anos atrás, sacada a ferros, tomei a decisão de desistir de competir com os outros, para apenas me concentrar em competir comigo próprio. Hoje, à distância destes anos, consigo perceber que foi talvez a mudança mais importante da minha vida.
O meu objectivo diário deixou de ter que ser, o de ser melhor do que quem me rodeia, para ser melhor do que eu próprio fui ontem. E isso mudou toda a minha visão sobre a vida. Consigo finalmente viver totalmente alheado da vida dos outros.
Estes dias, tenho observado que o que move a pessoa para o seu sucesso é o descrédito por parte dos outros, a inveja, o escárnio e o mal dizer, a desconfiança...
Como exemplo disto, no fim de mais uma época desportiva, nas suas mais diversas modalidades, se tivermos atentos aos vários discursos dos vencedores, todos eles têm uma linha de pensamento em comum. Linha essa que se prende com a necessidade de evidenciar que o sucesso só foi alcançado porque alguém duvidou deles, que os desprezou, que tiveram que passar por muitas dificuldades para chegar até ali, que não foi fácil... Que no fundo, o comburente do sucesso foi o "contra tudo e contra todos".
A minha experiência leva-me a querer que competir é uma arte. Se não for levada como tal, cega-nos e retira-nos o verdadeiro foco da vida.
Não necessitamos de nos colocar na pele de mártires, para enaltecer os nossos feitos. Porque o contexto não é beligerante, e a competição não nos deve queimar a pele para que todos vejam...

terça-feira, 8 de maio de 2018

Long Live Rock 'n' Roll nº 92


Melómano que se preze, não descura nunca uma nova realidade, ou mesmo um sub-grupo do subsolo obscuro que pode ser o mundo do rock.
Por isso mesmo, hoje é dia de vos contar a minha viagem pelo novo mundo do coldwave.
Desde já vos digo que tem sido uma viagem à descoberta de sonoridades trazidas dos anos 70/80, e que me têm enfeitiçado.
Assim, para que o feitiço se propague aos meus semelhantes, nomeio as bandas de cartaz deste movimento, que me arrebataram numa viagem de carro ida e volta ao Algarve.

Eis quem são:

Vox Low
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Álbum: Vox Low



The Agnes Circle 
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Álbum: Some Vague Desire 




Ritual Howls
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Álbum: Turkish Leather




Nation of Language
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Single: I've Thought About Chicago




Holygram
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Álbum: Holygram




All Your Sisters
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Álbum: Modern Failures




Actors
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Álbum: It Will Come to You


Estas são as minhas sugestões para a descoberta de uma nova realidade roqueira. Não têm de agradecer.
Agora façam o TPC.