Num hiato entre o meu seriado de eleição, divaguei um pouco por entre as melhores propostas Hollywoodescas, mas não fiquei saciado.
Por isso tive que recorrer ao baú empoeirado do meu disco, para mais uma vez dar uma oportunidade a uma obra (daquelas que temos que ver antes de morrer, para não irmos parvos desta para melhor), que me assombrava os dias desde a minha adolescência.
De Twin Peaks só me recordava daquela música horrenda do genérico, sempre que o meu tio se vidrava em frente à TV.
Para quem acompanhou na época a história de David Lynch, esta seria mais uma referência televisiva que levaram para o resto das suas vidas.
Estávamos em 1990, e Hollywood estava no seu auge. Havia pouco espaço para series de culto. Twin Peaks, foi com toda a certeza uma delas.
"Tens que ver, tens que ver", diziam-me os de idade mediana. Ganharam!
Comecei a descascar episódio atrás de episódio, como se o amanhã nunca fosse chegar.
Tudo aqui é de génio, o único exercício que temos que fazer é um reporte à época em questão. Não em termos de moda, porque isso está de volta, mas em termos visuais. (o sangue nesta época, era muito mais apetitoso do que hoje)
Depois desse impacto inicial, a busca incessante por descobrir quem matou Laura Palmer enfeitiça-nos, tal qual Steven Avery nos deixa baralhados e viciados na sua triste realidade.
A receita é a mesma, mas em Twin Peaks temos o recurso à ficção, tal como em Fargo.
Visto e sabido, deixo-vos um conselho: Não morram sem conhecer as maravilhas de uma terra no norte dos EUA, de seu nome Twin Peaks, e todos os seus mistérios, apresentados com a mestria de Lynch.
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