Vou só deixar correr.
Hoje acordei com um pensamento, que possivelmente me acompanhou toda a noite, mesmo estando eu atento ao descanso.
Acordei com a clara noção dos contrastes em que vivemos nesta altura, neste país, neste planeta.
A verdade é que nunca tinha perdido tempo a pensar sobre este que acaba por ser um dilema. Afinal, os contrastes também nós fazem ficar perante dilemas, que nos sujeitam a optar constantemente.
Preto ou branco, sombra ou sol, migrar ou ficar, prazer ou saúde, frio ou quente...todos contrates que vão semeando os caminhos que optamos por pisar.
Exemplo: a minha rua é agora rasgada, de forma fronteiriça, pela luz do sol que queima a estrada, e pela sombra que refresca a calçada. O meu caminho diário faz-se por ali. Mas se há uns meses atrás a minha opção era caminhar pela sombra, e fugir à luz, hoje o dilema foi diferente. Tentei, logicamente, caminhar pelo piso solarengo porque é outono e já deveria fazer mais frio, só que não. Desta vez, o lógico não o foi, e tentei caminhar pela sombra mas arrepiei-me. Assim, o piso fronteiriço entre o sol e a sombra, entre o quente e o frio, entre a luz e a penumbra, mostrou-se bem mais apropriado.
Existem momentos em que, pura e simplesmente, não existem contrastes que nos ajudem a optar. Nesses momentos a vida é um jogo. As coisas não têm que ser sempre claras e antagónicas, e aí reside a dificuldade do caminho e da opção a tomar.
Normalmente, quando se toma uma decisão, essa foi resultado da interpretação de duas ou mais opções, mas anormalmente, tal qual a vida que levamos, duas coisas tão diferentes não significam tomadas de decisão mais fáceis.
Recorrendo novamente à actualidade, neste momento não temos governo porque existem duas opções: direita ou esquerda. Deveria ter facilitado, só que não.
É como o andar à sombra ou ao sol. Desde que esta redução termine sempre em ponto rebuçado, só que não...
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