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sexta-feira, 5 de junho de 2015

Se é isto que vende, vamos lá opinar!


Não imaginam o quão resistente fui para não tocar neste assunto, porque aliás, resisto sempre até à última para não comentar assuntos relacionados com o futebol. Não gosto de mergulhar neste submundo muita vez. Mas se está a vender, vamos a isso!
Sem qualquer tipo de clubismos, sem qualquer tipo de fanatismo, crença ou religião, vou olhar para o prisma Jorge Jesus, Benfica, Sporting, futebol português, da forma mais sóbria e clara que me é possível. Afinal ando nisto há quase 25 anos, e os bastiadores não são as capas dos jornais...
Começo pela instituição Sport Lisboa e Benfica. 
Começo por dizer que no Benfica, não é ao acaso que apenas existe espaço para uma estátua como símbolo do clube. Ao longo de mais de 100 anos de existência, passaram grandes profissionais pelo clube. Alguns mesmo, ainda hoje, idolatrados pelas suas performances e conquistas. E devo dizer que, mesmo daqui a 50 anos, o nome de Jorge Jesus vai com certeza figurar no meio de tantos outros. Não só porque coincidiu com uma era de estabilidade e vitória, há muito perdida pelo clube, mas principalmente por ser português e um homem do povo. Todos os benfiquistas devem reconhecer o seu valor, porque falando apenas em futebol, o homem sabe muito, mas mesmo muito. Inerente à cobiça pelo seu sucesso, o Benfica teve que fazer um esforço financeiro tremendo para o segurar, o que se demonstrou, ao fim de 6 anos, e para um clube português, um encargo surreal. Uma das muitas razões que demonstram a incompatibilidade absoluta entre o projecto para o futuro do Benfica e o seu ex-treinador. Assim, atrevo-me a dizer que o Benfica conseguiu finalmente soltar-se das amarras do sucesso de Jorge Jesus, das quais era refém, e evoluir para o que está projectado e assente nos seus valores jovens.
Foquemos agora Jorge Jesus.
Jorge Jesus, um dos melhores treinadores portugueses de sempre, é um homem moldado totalmente pelo mundo do futebol. E isso acarreta tanto lixo e mau cheiro que nós comuns mortais nunca imaginaremos. Como profissional de futebol é de se lhe tirar o chapéu, como ser humano detém um caracter bastante duvidoso. Não tendo culpa de ter sido esculpido pelo submundo do futebol, Jorge Jesus reúne unanimidade quanto ao seu fraco carácter. Absorveu a falsidade, o cinismo, a falta de humildade, a sacanice e o narcisismo que impera na maioria desta área profissional. Nunca ninguém deve ter ganho tanto dinheiro no futebol em Portugal como Jesus. Mas o ser humano nunca está satisfeito, e 4 milhões de euros já era pouco, porque não aceitar 6 milhões? Eu como sou um pé rapado e não tenho dinheiro para mandar "cantar um cego", aceitava na hora, independentemente do clube ou nação...vá deixaria o meu anterior contrato de trabalho findar...mas isso vai da personalidade de cada um. E convinhamos, saiu de um grande clube e foi para outro, que tem ganho pouco ou nada, mas não deixa de o ser.
Sporting Clube de Portugal.
O Sporting, através do seu mediático e espectacular presidente, conseguiu um jogada negocial de génio: retirar para si, um dos maiores trunfos do seu maior rival. O problema é o risco disto tudo. O risco aliado ao investidor, que não investe 6 milhões porque lhe apetece, e mais tarde ou mais cedo vai pedir o seu retorno, o que com falta de sucesso pode ser complicado, quando está em cima da mesa um contrato de 4 anos!!
Outro risco, será o início da época leonina (sucesso a curto-prazo), porque num espaço de 5 dias, defronta o rival na Supertaça e dias depois traça o seu destino nos milhões da Champions. Com este investimento o elevado risco de toda a estrututa do Sporting, é como se andasse num acorda bamba revestida a ouro e diamantes. Se tudo correr como o planeado, o Sporting conta na luta por todos o títulos nacionais. Se tudo correr mal, bem...aí o caso é grave de mais, e veremos novamente o Titanic a afundar.
O futebol português.
Exportador de grandes talentos mundiais, nos últimos anos tem caído em descrédito face à sua competitividade, em relação aos demais campeonatos europeus, porque ano após ano a luta, desde cedo, é feita apenas a dois (muito por culpa do fraco rendimento leonino). A hegemonia de Porto e Benfica é escassa para fazer face às exigências competitivas de outras ligas e rentabilidades.
Mas com este episódio, o caso pode mudar de figura ao agitar as águas para a próxima temporada. O mediatismo internacional está muito focado nesta troca de Jesus, o que chama investimento e talento. E se pensarmos 5 segundos, percebemos que vai tudo ser muito mais interessante, à partida!
O grande beneficiado disto tudo é o futebol português!!
Com responsabilidades óbvias para o "Grupo Bilderberg" do futebol mundial: Jorge Mendes (que mais uma vez comerá a fatia maior deste bolo).

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