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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Adições, horas perdidas e regressos à infância!



Posso dizer que sou do tempo dos verdadeiros vícios.
Nasci em meados da década de 80. Período controverso, muito por culpa do aparecimento dos primeiros vícios em massa, fossem eles maus ou menos maus.
Pessoas da minha geração cresceram no meio de tentações, entra as quais de ressalvar uma das que mais me marcou. Os jogos de consola. 
Afinal, quem nunca teve uma daquelas primeiras consolas que apareceram em Portugal? 
Spectrum, com o seu clássico para maiores de 18, "Paradise Café", Nintendo com o Super-Mario, Mega Drive com o Sonic e Street Fighter, e depois aquelas mais baratuchas de marca branca que traziam centenas de jogos, mas apenas "entravam" um pouco mais de metade.
Foi este último exemplo que me fez conhecer o vício (e a melhor forma de partir comandos e Tvs), e os grandes responsáveis eram jogos como um qualquer de caça aos patos, o Contra, pinball, Pacman, e o simples e grande Tetris.
De tempos em tempos, dou por mim com um tremenda nostalgia, ligada a este tipo de coisas que me preencheram os dias de petiz. Por isso, dou graças de existirem sítios na Internet que permitem regressar a estes tempos, e recordar, na prática, estes brilhantes "queima-pestanas". Ainda a semana passada regressei ao activo no Contra, e acreditem que consegui voltar a sentir exactamente o que sentia há 20 anos atrás. A raiva extrema de quando se perde e o comando é alvo de inúmeras ameaças, e a êxtase de quem finalmente passa de nível. Ambos os casos trazem à tona o Barão reguila, que jogava horas e horas a fio sentado no chão frio da sala dos pais, equipando um fato de treino pele-de-pêssego da Adidas, e uns ténis clássicos da Reebock, munido de comandos, pistolas, joystick...
Ontem, aquando do meu recolher obrigatório, posso ter cometido um dos maiores erros dos últimos tempos. Sem ver vestígios de sono, decidi explorar o que de clássicos, deste tipo, a Apple Store tinha para oferecer, e poucos segundos depois iniciei, de forma inconsciente, uma viagem de 1 hora até aos anos 80...que irresponsabilidade!
O culpado foi o Tetris, que me remeteu à infância longínqua e à vontade de mandar um Iphone 5 a "varar cornos". O vício dormiu comigo e acordou-me ressacado.


Resultado: estou completamente viciado, e agora sim percebo o porquê de muita gente estar na disposição de sacrificar um dedo por uma vida no Candy Crush (jogo que nunca joguei, mas acredito estar a léguas da qualidade apresentada pelo Tetris).
Espero as minhas melhoras, e não se metam nisto.   

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