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quarta-feira, 1 de junho de 2016

Estudo do Meio


Primeiro que tudo, nunca mais me lembrei que hoje era o Dia da Criança, antes de ter ido ao Facebook.
Comecei o dia como muitos outros, a tentar mexer o esqueleto pela fresca. 
Hoje foi daqueles dias em que o despertador tocou às 7:40 e só me consegui levantar às 8:00. Parecia que o meu corpo tinha servido de banco de elefante toda a noite. 
Então, pensei em desistir do treino, mas logo esse pensamento se desvaneceu. 
Por incrível que possa parecer, o meu corpo está sempre a surpreende-me. Quando tudo estava de acordo para um treino sofrido, eis que foi dos mais frescos e intensos que tive nos últimos tempos. 
Parecia uma criança novamente.
Talvez o que me tenha ajudado nesse exercício, tenha sido o facto do meu playground estar repleto de crianças, a rondar os 5 anos.
Como já devem ter percebido, aconteça o que acontecer, esteja eu onde estiver, a fazer o que estiver a fazer, sou um viciado na observação/interpretação do contexto onde estou inserido. 
Hoje foi isto tudo, mais que nunca.
Desde sempre que existe uma química entre mim e as crianças. Não só porque as adoro, mas muito mais pelo facto destas deterem um fascínio especial pelas minhas parvoíces entretidas.
Ali estava eu agarrado a uma árvore e ali estavam cerca de 30 crianças aos berros, a correrem de um lado para o outro, às gargalhadas intercaladas com prantos de choro, a jogar à apanhada e às escondidas, tropeçando nos chutes que a bola lhes proporcionava.
Ao fim de alguns minutos apenas, lá estavam diante de mim duas delas, que me desafiavam com um "Boa tarde, tas fixe?"... mais do mesmo! 
Dou sempre troco a uma criança, e a partir dali já eram meus companheiros de treino. Eram eles, o João Feijão e o Tiago Valido.
Observando pontualmente a "manada" e sem ter qualquer formação em psicologia infantil, consegui perfeitamente identificar quem eram os lideres, os reguilas, os inquietos, os nerds, os queixinhas, os renegados, os amigáveis e ainda os quezilentos.
Perante esta paisagem fértil, o meu cérebro começou-me a levar para um exercício incrível: copiar e colar, a minha "manada" àquela. E como resultado, digo-vos que foi das coisas mais hilariantes e fascinantes que fiz até hoje. 
Maravilha que é rir sozinho!!
E não é que estávamos todos lá!?
Até eu, que pensava ter sido um cromo raro. Estava lá chapado!
Findo isto, fui ao Facebook e percebi que afinal as crianças não estavam em vias de extinção. Quem estão são as crianças da minha "manada"! 
E isso deixou-me triste... 
   

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