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terça-feira, 28 de junho de 2016

Perguntas sem respostas


Passada que está  minha fase dos "porquês", chego à triste conclusão de que existem realmente perguntas que não foram feitas para obterem respostas. Não têm explicação possível.
No entanto, isto gera-me um terrível sentimento de incapacidade. Logo eu, que gosto de saber o porquê de tudo...
Muitas são estas perguntas sem resposta, mas estes dias houveram duas que suscitaram tentativa de suicídio da minha parte cerebral.
Algum de vocês tem resposta, para o facto de todas as tachadas de ameijoas à bulhão pato, terem sempre, pelo menos 3 ou 4 conchas que não se abrem?? Serão perdas residuais? Acham que devia vir contemplado nos rótulos das embalagens "Risco de perda de 5% do conteúdo após confecção".
É que, parecendo que não, ao fim de 3 embalagens, e juntando o material perdido, havia outro petisco.
Outra questão que me massa e que não tem resposta, prende-se com o facto das prioridades ou cedência de passagem entre duas pessoas a pé. Sendo que uma vem a andar e outra a correr, quem terá prioridade e quem terá que ceder a passagem? 
É que à custa desta situação, já disparei meia dúzia de palavrões em voz alta, por ter que ir quase a Alcochete a nadar para me desviar de quem vem na minha direcção, a andar e a mexer no telemóvel. 
Pessoas que passam por mim quando eu vou a correr, para além do ecrã do telemóvel, existe depois todo um mundo ao nosso redor, cheio de outras espécies e assim, basta meterem na SIC ao fim de semana de manhã... 

Se me poderem ajudar a preencher estes vazios legais, agradecia imenso!

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Um navio chamado UK


Não me gosto de sentir desactualizado.
Estou convicto que esta madrugada significou um marco histórico na lógica da democracia, e do panorama político global. Será daquelas datas que relembraremos como o início do fim, daquele sonho levado a cabo por um conjunto de políticos, há uns anos atrás.
O problema da democracia é que tem destas coisas: quando é levada ao extremo e posta em prática realmente, os políticos ouvem respostas que muitas vezes não esperavam. 
Afinal, o povo tende a ser como uma criança, é transparente e não olha a caras.
Quando a democracia é a vontade expressa do povo, não há nada que dizer, pois esta foi levada a cabo. 
O problema é que este é um acontecimento pontual, revestido de tabus maximus.
O que normalmente acontece na democracia actual, é que esta está mascarada. 
Ou seja, ao invés de ser o "governo de todos para todos", apresenta-se como o "governo de alguns para todos". 
A auscultação do povo pode pôr em risco o interesse das classes políticas e dos interesses inerentes.
Por isso, muito cuidado daqui para a frente boys!

"Todo o império perecerá"

terça-feira, 21 de junho de 2016

Nerdices


Há cerca de alguns anos atrás, quando soube que no ano seguinte iria estrear uma série televisiva, baseada numa novela de fantasia, respeitantes às Crónicas de Gelo e Fogo, de um autor desconhecido, com mau aspecto, de seu nome qualquer coisa Martin...não sei porquê, mas fiquei com a pulga atrás da orelha. Logo eu que nunca fui fã de grandes fantasias.
De pronto, me apressei em investigar o que se tratava, e passados dois dias, já tinha os primeiros dois livros da obra. Uma semana depois, estavam lidos e prontos a serem substituídos por novos números.
A obra era de tal forma rara em Portugal, que tive que telefonar e percorrer os locais mais recônditos da capital, a fim de encontrar finalmente os exemplares. Por ser tão underground, tive que deixar encomenda para os restantes, pois só dessa forma iria poupar as solas dos pés.
Eu sou daqueles não-nerds que têm os livros originais das Crónicas de Gelo e Fogo. Aqueles com capas ilustradas, sem grande estética mediática. São livros que reúnem todas as características para estarem guardados na livrarias há 20 anos, no fundo do armário, passando anos sem nunca lhes passarem o dedo. 
Os meus cheiravam a pó. Só depois soube que a obra se iniciara em 1996.
Os primeiros livros eram publicados de 2 em 2 anos, mas com o desinteresse do público, George Martin começou a abrandar o ritmo e passaram a ter intervalos de 5/6 anos. 
Depois surge a primeira temporada de Game of Thrones e aí foi o sucesso que atrapalhou Martin, que desde então não tem mãos a medir, no acompanhamento das filmagens e na elaboração dos seus manuscritos.
Até à actual temporada, era eu quem lançava os spoilers junto dos amigos. Agora, ultrapassados que estão os livros pela história na Tv, se adormeço acordo com novos acontecimentos aos ouvidos...
Mas esse tempo irá acabar. 
O lançamento do 6º livro, acontecerá ainda esta Primavera, logo depois do último episódio, o homónimo "Winds of Winter".
Vou finalmente deixar a minha frustração para trás, e voltar a saber mais que a maioria. Sim, porque mesmo que o ponto de evolução da história seja o mesmo, eu saberei sempre mais pormenores que os comuns mortais, porque uma coisa é ver, outra bem melhor é ler.
Prometo que depois vos conto tudo!!
Quando me interessei pela obra, nunca pensei estar a pegar num livro que desse origem a um fenómeno de tamanho sucesso mundial.
O episódio de ontem foi exemplo disso mesmo.
Deixo-vos com o trailer da season finale, com a certeza de que quando voltar a falar deste tema, saberei muito mais que vocês, pessoas:



PS: Por este andar, não teremos final. Mesmo que o autor já tenha dito que já o escreveu, a sua idade não perdoa, e um dia pode ser tarde de mais Sr. Martin...

  

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Momento Gustavo Santos




Crescer?
Esta a é a questão que se coloca ao longo da vida do ser humano.
Não raras vezes, esta é a palavra utilizada para descrever a alteração em centímetros da uma pessoa ao longo da sua vida. Na vertical até aos 18 anos, na horizontal a partir de então.
Mas esta é uma palavra, que no fundo do seu significado, não se restringe apenas a isto. Ela quer dizer muito mais de nós.
Podes ter 2m de altura ou de largura, e não teres crescido o suficiente. 
Crescer, significa para mim evolução (tolerar). 
Por isso, a vida dá-nos a excelente oportunidade a todos, de crescermos até ao dia da nossa morte. Crescer todos os dias sem parar.
Esse crescimento enquanto ser humano, passa por blindares o teu cérebro a tudo o que é acessório, e teres capacidade de interpretar e tirar conclusões, que te possibilitem olhar para trás e achares que foste mais pequeno ontem. 
No entanto, ninguém cresce sozinho. Sozinho encolhemos. Precisamos de tudo o resto para não pararmos de evoluir. Dos seres vivos e dos nossos semelhantes. São estes que nos permitem tirar conclusões e sabermos que todos temos algo em comum.
Para mim, com apenas 30 anos de idade, e alguns tantos de crescimento, a chave para essa evolução quanto ser humano, prende-se fundamentalmente, com a capacidade de respeitar todos os outros. Seja quanto às suas características, gostos, credos...
Quanto a mim, é a aqui que reside a evolução do ser humano. Esse é o verdadeiro Santo Graal da humanidade.
Não imponhas nada a ninguém a não ser felicidade.
Defendo que quanto mais capacidade tens em respeitar e compreender os outros, melhor vives e mais cresces.
É isso que tenho tentado fazer e tem dado bom resultado.
Tenta ao menos não olhar para as etiquetas ou rótulos. E vais ver que a tua vida passará em maior consonância com tudo.
Por exemplo, eu detesto touradas e tudo o que isso simboliza. Ainda assim, tento respeitar todos os amantes, mesmo que não os compreenda. Por outro lado, aprendi a olhar a homosexualidade como apenas mais um possível caminho para a felicidade. Sou obrigado pela minha consciência a compreender e respeitar.
Preocupa-te apenas contigo e com o que depende de ti. Foca-te na tua própria vida e nos teus. Esquece o resto, e faz um esforço para respeitares tudo o que se passa à tua volta. Não te preocupes, porque isso é algo que não tem relevância na tua vida.
Esquece se aquele é gay ou lésbica. Foca-te no que te pode fazer feliz, porque aquele sem pensar em ti, já o está a ser!

terça-feira, 14 de junho de 2016

Long Live Rock ´n´ Roll nº 83


Shame on me, para o revivalismo que fiz por causa da morte de um Deus.
Há duas semanas que não oiço praticamente mais nada, a não ser a obra de um dos melhores músicos de sempre da história do pop-rock.
Claro está, que vos falo de Prince!


Para quem pensa que a obra deste "monstro" sui generis se limita a purple rains, kisses...não sabe o que perde lá mais para o fundo do baú. Ou melhor, no fundo e no topo, porque Prince foi daqueles que se foi reinventando com o passar do tempo, tal qual camaleão que bebe vinho do Porto. 
E é de um projecto recente do músico que vos quero falar hoje.
Já muita vez ouvi dizer: "Não é qualquer um que toca com o Prince", ora bem, eis que Deus, a certa altura, veio à Terra e elegeu para seus discípulos, três mulheres que tocam como 3rdeyegirl!!
Não existe nada gravado deste projecto, que primou por digressões ao vivo. Mas como a Internet é nossa amiga, deixo-vos com dois exemplos de como isto resultava na mensagem do Senhor:




Esperemos que a sua morte nos console com a edição de um álbum deste projecto.

Este foi o meu singelo bem haja ao Prince que era Rei!




sexta-feira, 10 de junho de 2016

Regar os pés com urina humana


O povo português tem uma das características que mais me irrita no ser humano. Algo que para mim é contra-natura. Sendo que levei toda a minha vida a tentar remar contra a maré, tal qual lobo solitário (se ao menos os lobos soubessem nadar...).
Esta é uma das alturas do ano, em que essa característica atinge um dos seus pontos mais altos.
Durante este mês, festeja-se, em Lisboa, as festas da cidade em honra de S. António. Santo que não tem nada de padroeiro da capital, mas pronto, que seja ao senso comum para não tornar isto tudo muito complexo.
A questão é: Se toda a cidade está em festa, porque é que as pessoas teimam em aninhar-se todas em torno umas das outras, respirando o mesmo ar, no mesmo beco ou rua????
Sabemos de ante-mão que somos um povo de modas. E isto reflecte-se me todos os fenómenos sociais, onde caibam mais que 3 pessoas.
Claro que este tipo de festas não tem o mesmo sabor característico por toda a cidade, mas existem mais do que 2 opções de diversão. 
O que se passa, é que parece só existirem essas mesmas opções, tal é a densidade de manadas humanas, nomeadamente na Bica e Cais do Sodré.
Percebo que sejam locais mais próximos das casas de diversão nocturna, mas convenhamos, passar a noite toda em pé, numa rua cuja inclinação é acentuada, e que a urina nos vai regando os pés...é só estúpido.
Depois, não há rede de telefone, a cerveja está mole, e para se andar 50m não contem com menos de 30min.
À primeira vista, ainda pensei que a cerveja naquela rua fosse à borla, mas depois percebi mesmo que se tratava mais uma vez do fenómeno "Follow the Crowd", no qual o tuga é expert.
Razão dou aos turistas, eles sim, desapegados destes rituais, divertem-se nos melhores recantos da histórica Lisboa. 
E olhem que há muitos onde não se pisa ninguém, baila-se a noite toda, e até se pode jantar em casa dos locais se forem com a vossa cara.
Mas não, o pessoal curte é encostar o carro à praça...deixá-los andar.

PS: Sei de um segredo em plena Bica e vocês não...uma espécie de País das Maravilhas. Uma Lisboa dentro de Lisboa. Um dia conto-vos!
  

terça-feira, 7 de junho de 2016

Isto é o Apocalipse!!


Esta semana tive a constatação de que existem vícios menores, que nos podem manipular o dia-a-dia como outra adição qualquer.
Aliás, como já sabemos, somos a era da tecnologia e informação. Somos reféns disso, mesmo sem nos apercebermos. 
Simples coisas que nos vão moldando o quotidiano. 
Tudo bem até aqui, com estes vícios menores. O problema com qualquer tipo de vício, é quando este nos falta.
Hoje dou-vos um exemplo de um vício menor, que devora as pestanas de um Ser que está paredes meias comigo.
É o vício da televisão em geral, e das novelas brasileiras e séries americanas em particular.
Nem que seja só para estar a dar ambiente enquanto se faz outra qualquer tarefa doméstica, a TV é como o Ambipur daquela casa. Mesmo quando os programas são ridículos, o que interessa no fundo é ouvir-se uma voz, ou um som.
Ás tantas a alegria de se chegar a casa, é a de ter 3 episódios daquela novela preferida para se ver de empreitada, e mais 2 daquela série americana viral que teima em nunca ter fim à vista...
Nestas ocasiões é o sofá que sustenta o peso daquele corpo durante horas a fio.
Mas, e se de repente, a novela preferida, que nos acompanhou durante o último ano e pouco, tivesse um fim!?
Aqui tudo muda, até o estado de espírito. O comportamento altera-se, e a procura por uma explicação em não haver uma nova, logo de seguida, que nos colmate tal vício, é incessante. 
É a ressaca no seu mais alto esplendor. Onde já se viu, aquela novela ter um fim, e como se não bastasse, não existir uma que a substitua...
Entra em acção um comportamento reflexo, como é o caso do zapping. As doses de prazer e satisfação são menores e momentâneas, mais vão dando para curar a ressaca. Faz-se a revisão da matéria, e o remédio é voltar àquela série americana de polícias e ladrões, que começa às 16h e acaba às 21h.
Nunca pensei que no Havaí, houvesse tanta criminalidade... 
No fundo, tudo se altera no mundo, menos aquela TV. 
Suspeito que se a minha casa fosse alvo de um ataque nuclear, só sobreviviam duas coisas: a TV e o seu Ser.

Fico feliz pelo Ser sobreviver, mesmo assim.

PS: Salvaguardo que também tenho os meus vícios menores, para que fique registado. 


quarta-feira, 1 de junho de 2016

Estudo do Meio


Primeiro que tudo, nunca mais me lembrei que hoje era o Dia da Criança, antes de ter ido ao Facebook.
Comecei o dia como muitos outros, a tentar mexer o esqueleto pela fresca. 
Hoje foi daqueles dias em que o despertador tocou às 7:40 e só me consegui levantar às 8:00. Parecia que o meu corpo tinha servido de banco de elefante toda a noite. 
Então, pensei em desistir do treino, mas logo esse pensamento se desvaneceu. 
Por incrível que possa parecer, o meu corpo está sempre a surpreende-me. Quando tudo estava de acordo para um treino sofrido, eis que foi dos mais frescos e intensos que tive nos últimos tempos. 
Parecia uma criança novamente.
Talvez o que me tenha ajudado nesse exercício, tenha sido o facto do meu playground estar repleto de crianças, a rondar os 5 anos.
Como já devem ter percebido, aconteça o que acontecer, esteja eu onde estiver, a fazer o que estiver a fazer, sou um viciado na observação/interpretação do contexto onde estou inserido. 
Hoje foi isto tudo, mais que nunca.
Desde sempre que existe uma química entre mim e as crianças. Não só porque as adoro, mas muito mais pelo facto destas deterem um fascínio especial pelas minhas parvoíces entretidas.
Ali estava eu agarrado a uma árvore e ali estavam cerca de 30 crianças aos berros, a correrem de um lado para o outro, às gargalhadas intercaladas com prantos de choro, a jogar à apanhada e às escondidas, tropeçando nos chutes que a bola lhes proporcionava.
Ao fim de alguns minutos apenas, lá estavam diante de mim duas delas, que me desafiavam com um "Boa tarde, tas fixe?"... mais do mesmo! 
Dou sempre troco a uma criança, e a partir dali já eram meus companheiros de treino. Eram eles, o João Feijão e o Tiago Valido.
Observando pontualmente a "manada" e sem ter qualquer formação em psicologia infantil, consegui perfeitamente identificar quem eram os lideres, os reguilas, os inquietos, os nerds, os queixinhas, os renegados, os amigáveis e ainda os quezilentos.
Perante esta paisagem fértil, o meu cérebro começou-me a levar para um exercício incrível: copiar e colar, a minha "manada" àquela. E como resultado, digo-vos que foi das coisas mais hilariantes e fascinantes que fiz até hoje. 
Maravilha que é rir sozinho!!
E não é que estávamos todos lá!?
Até eu, que pensava ter sido um cromo raro. Estava lá chapado!
Findo isto, fui ao Facebook e percebi que afinal as crianças não estavam em vias de extinção. Quem estão são as crianças da minha "manada"! 
E isso deixou-me triste...