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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Long Live Rock 'n' Roll nº 82


Assim como há amor à primeira vista, também existe o prazer à primeira audição.
E hoje tive mais uma vez esse privilegio!
Por vezes, numa Meca introspectiva, ponho-me à prova recorrendo a quebra-cabeças que me fazem pensar realmente como ser humano. 
Quando me questiono se tivesse que optar por perder entre a visão e a audição, os 50%/50% não me deixam chegar a nenhuma conclusão, mesmo medindo todos os contras que daí adviessem. Isto para demonstrar o quão importante eu considero a audição.
Tudo isto para vos dizer que hoje ouvi um dos melhores álbuns dos últimos tempos, de uma banda, relativamente recente, mas que faz parte do meu dia-a-dia.
Os King Gizzard & The Lizard Wizard publicaram, hoje de manhã, o seu mais recente trabalho, intitulado "Nonagon Infinity", e deixem-me dizer-vos que temos álbum para o TOP 5 deste ano, mesmo sem saber o que para aí vem.

  

A banda australiana, que actuou no último SBSR, e que ao vivo são autênticos animais, traz neste trabalho uma pujança de salutar. A ideia é uma audição sem pausas e sem espaço para respirações. O andamento é tal, que tanto delays como fuzzs, soam diferente dentro da própria diferença que a banda já nos trouxe ao universo psicadélico.
Os rapazinhos mostram-nos também, que para além de não saberem onde estacionaram a nave, existe ainda um conjunto de influências que permitem reinventar a música actual.

Deixo-vos um "cheiro", mas não deixem de ouvir o álbum na integra (até porque nele não traz a opção pause ou stop:

 

Se ouvir isto, não conduza.

PS: Hoje há gig de ASIMOV no Barleys no Cartaxo!!!!
  

terça-feira, 26 de abril de 2016

O retorno!


"É tão bom, não foi?"
Esta é a expressão, muitas vezes utilizada, para descrever uma situação, que de tão boa que foi, passou num ápice.
Assim são as férias ou os fins de semana grandes, como foi o caso deste último.
Ora, este fim de semana grande (que para mim foi igual a todos os outros), fui vítima de uma espécie de bullying por parte de amigos e conhecidos, que aproveitaram a ocasião para demonstrar o quão felizes eram na praia, no campo, na Lua...
Como trabalhei como normalmente, tendo apenas descanso ao domingo, fui sendo bombardeado com paisagens lindas e um calor tórrido, enquanto trabalhava e estudava. 
Um sentimento de revolta/ciúmes apoderaram-se de mim até ao ponto de preparar uma vingança bem fria.
E, mesmo sem ter encontrado nada de jeito para soltar esse sentimento tão mau, o tempo encarregou-se de me defender.
Toda a gente sabe o quão difícil é voltar de uns dias de descanso e de alheio da realidade. 
Mas o pior é o dia do regresso ao trabalho. 
Porque o nosso corpo e mente são feitos de hábitos, estes últimos três dias podem ter sabido que nem nozes, mas nunca houve uma terça-feira tão cruel quanto esta, pois não meus caros turistas?
Aquele segundo em que o despertador toca e parece que ainda agora adormeceram...o conforto da cama...o ter que voltar à rotina...tudo isto poderá pôr em causa os últimos momentos de prazer que tiveram ainda ontem!
Eu cá, levantei-me fresquinho e solto para mais um dia de trabalho!

Força nisso malta, vão mandando fotos e postais!!     

sábado, 23 de abril de 2016

Mexia



Ou nesta fase da minha vida ando sensível de mais, ou simplesmente a cruel realidade que nos rodeia leva-me a ocupar tempo cerebral a mais. Ainda não descobri bem...
Nunca fui sindicalista, e este post não tem qualquer conotação política de direita ou esquerda, apenas tento compreender o que se passa neste país das grandes feitiçarias político/económicas.
Sem requintes de voodoo, a vida da maioria dos portugueses, que têm que trabalhar uma vida para conseguirem sobreviver com as condições mínimas de sobrevivência, ou condizente com os padrões aceitáveis da condição humana.
Depois, o maior ou menor sucesso depende de inúmeras variáveis que não encontra aqui justificação de menção. No sucesso reside a diferenciação entre quem ganha muito, quem ganha o que merece, e quem ganhe quase nada. 
Na maior parte das vezes, não é necessário ser-se um génio na sua função para que o sucesso e os €s batam à porta. 
Mais recentemente, percebi que existe ainda outra realidade, talvez das mais ridículas alguma vez encontradas.
Estes dias tive conhecimento de que o presidente executivo (CEO) da EDP, António Mexia, vai ganhar, no máximo, 2,6 milhões de euros de ordenado no final deste ano, isto incluindo as três componentes que compõem o seu salário, ou seja, a parte fixa, a parte vulnerável anual e a parte variável plurianual. O aumento, que é de cerca de 700 mil euros face ao tecto máximo anual que o gestor podia receber até agora e que era de 1,9 milhões de euros, foi a votos esta terça-feira à tarde na Assembleia Geral de accionistas no seguimento da aprovação da nova política de remunerações da empresa.
Ou seja, Mexia irá ser aumentado na sua parte fixa do vencimento de 600 mil para 800 mil. "Um montante que “embora competitivo, posiciona essa componente remuneratória abaixo da média do universo analisado”". 
No entanto, a parte variável do seu vencimento continuará a valer o dobro da parte fixa, o que corresponde a 60% do valor total. Assim, os tais 2,5 milhões de euros anuais, dependem da concretização dos objectivos da EDP, aos quais Mexia está sujeito, e que tem cumprido até agora.
Antes de concluir, gostaria ainda de juntar a esta informação, que António Mexia ganhará mais que Steve Jobs, e estamos em Portugal e não nos States.
Ora bem, não ponho em causa o profissionalismo de Mexia nem a sua elevada performance na função que desempenha, não é essa a questão aqui. O que me deixa perplexo é o valor que este vai auferir ou mesmo o que já auferia.
Agora pergunto: Será que António Mexia conseguiria ganhar o mesmo sendo CEO de uma empresa de tv por cabo, abate de animais, sistemas de rega, importação exportação de retalho...???
Coloco esta questão apenas para balizar o meu pensamento.
Já pensaram no que consiste o trabalho deste senhor?
Basicamente é CEO de uma empresa que detém o monopólio das energias em Portugal, tendo como função cumprir os seus objectivos, tornando a empresa cada vez mais rentável e por inerência, aumentar os lucros anuais.
"Espectáculo", dizem vocês! "Emprego de sonho" digo eu.
Ora, qual será a dificuldade de atingir ou até ultrapassar os seus objectivos profissionais quando, no fundo, o que ele faz é vender um bem essencial a todas as pessoas?
Não será muito difícil vender energia ao comum dos mortais do séc. XXI. Falamos de um bem que todos nós, hoje em dia, necessitamos para desempenhar as mais variadas tarefas referentes à nossa existência. 
Será que uma pessoa merece ganhar tanto dinheiro, por vender algo que toda a população vai comprar mesmo que não queira?

Talvez seja bruxaria...
  

terça-feira, 19 de abril de 2016

Meo OutJazz 2016 está de volta!


Pois bem, já vos habituei a ser dos primeiros a divulgar o cartaz do MeoOutjazz, ano após ano. Cá estou eu novamente para o fazer.
Este ano a organização do evento celebra 10 anos de existência e reservou algumas novidades para esta edição, como é o facto de estarem presentes em Tróia.
Felizardo sou eu, que todas as edições tenho os domingos reservados quase à porta de casa. Desta vez são os de Julho.
Para quem nunca foi, "shame on you" porque é uma tarde de moleza muito bem passada entre amigos.

 cartaz out jazz 2016

Serviço público é serviço público!

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Dúvidas existênciais


Ao longo da minha curta mas intensa vida, tenho percebido que existem muitas coisas que não fazem o mínimo sentido, o que lhes confere aquele rótulo de dispensáveis, estando apenas a ocupar espaço e a fazer "peso" à Terra...
Hoje queria falar-vos (rapidamente porque o tempo escasseia) de uma pequena coisa que, não tendo significado nenhum, me atormenta o cérebro todos os dias, de tanto me esforçar para encontrar algo que seja palpável e significativo.
Ora bem, alguém já alguma vez se questionou pelo porquê do mesmo canal televisivo ter a versão normal, e logo de seguida a versão HD (ou vice-versa)?
Para além de me irritar demasiado quando faço zapping, por ter que estar a ouvir de forma repetida o mesmo som consecutivamente, também me fere o cérebro.
Mas que raio de lógica é esta?
Tanto pensei que cheguei à única conclusão possível: os serviços televisivos fazem isto para demonstrar ao comum dos mortais que houve evolução tecnológica, ou seja, para que tenhamos uma base comparativa que nos possibilite afirmar que aqueles canais antes eram uma bela merda e que agora são a última coca-cola do deserto!
Se assim for, parabéns aos serviços por não retirarem os canais em versão "bela merda" do ar, até porque assim, os pacotes que vendem, em vez de terem X canais, têm o dobro.
E parabéns também,  pelo facto de nos darem a escolher a opção de continuarmos a ver Tv como se tivéssemos nos anos 80, o que me faz tremer o dedo na hora de mudar para a versão HD do mesmo. Aqui é uma escolha inteligentemente complicada...

Nada de especial, só um reparo.

  

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Bom dia Princesa



Bom dia Princesa

Acordar sempre foste, tens que ser
O dia não passa de ser quem és
A noite entorta, a bela moça
O dia nasce, fazes parecer

Bom dia Princesa, somos loucos!
Vieram tantos!
E somos tão poucos!

Tens aqui tudo, faltam os demais
Corro, tropeço em ti
É o pé que falha, coração que bate
Veste-te de mim, disfarça mais

Fazes descer para cima, de tão alto que foge
Arruma o pó a um canto
A roupa suja, limpa se tem que ser
Faz as malas, fugimos hoje!

Está tudo pago, ficou na conta
Já ninguém nos vê, já não se nota
Parte a coroa, não olhe para trás
Não sou cavaleiro, mas sei quem monta

Bom dia Princesa, somos loucos!
Vieram tantos!
Somos tão poucos!


Bigode do Barão






terça-feira, 5 de abril de 2016

Long Live Rock 'n' Roll nº 81


Hoje voltamos ao ponto de partida.
O nº1 do Long Live Rock 'n' Roll, falava de uns tais Linda Martini que eu apontei como a minha banda portuguesa preferida, em tempos em que estes ainda davam os primeiros passos em palcos com menos expressão mediática. No entanto, ressalvei aqui muitas vezes que esta banda ia ser um caso sério da música portuguesa.
Ora bem, no passado sábado foi a consagração da banda, pois pisou pela primeira vez o palco do Coliseu dos Recreios.
Resultado: casa cheia de amigos e apreciadores de boa música. 
Uma espécie de família que a banda faz questão de reunir sempre que toca. Por isso, mesmo com um coliseu bem composto, não era de estranhar tropeçares constantemente em malta que só vez nos concertos da banda, e acabas por ter que cumprimentar. 
O desafio era saber se os Linda tinham já estofo para encalorar uma sala tão mítica. Com a ajuda do público isso ficou fácil, duas horas passaram em 2 minutos, com espaço para dois encores.
Os Linda Martini tocam no coração de quem os ouve, e mesmo os mais cépticos e críticos começam já a dar o braço a torcer, porque perante a qualidade nada à a fazer se não aceitar, e prestar vassalagem. 





Ao fim da segunda música já a banda dizia:"Ina, vieram tantos".
Depois não houve muito a dizer, entre clássicos e a apresentação do novo álbum "Sirumba", entre lágrimas e sorrisos, a verdade é que o "estuque caiu, e ninguém varreu o chão".