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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Cinema sem tempo para pipocas

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Já andava arredado do grande ecrã há alguns anos. Tenho tentado perceber se o meu regresso está para breve, mas a oferta teima em apenas responsabilizar-se pelo entretenimento.
Assistir a um filme, para mim, é muito mais que isso. 
No final de contas o entretenimento ocupa talvez um dos lugares mais baixos da minha hierarquia. No topo, destacado, coloco a experiência e a emoção. O conhecimento e a evolução pessoal: A Mensagem!!
Pois bem, consegui reunir algumas horas nos últimos dias, precisamente para resgatar esses sentimentos, e decidi carregar no Play em dois títulos que me deixaram extasiado.
As expectativas eram elevadas, mas a primeira vez que vês um filme arrebatador, isso ficará para sempre registado nas nossas memórias, (quer queiras quer não queiras) e isso não é por acaso. Uns descartamos, outros guardamos pelo impacto que têm.

O primeiro foi-se deixando ultrapassar desde 2014, sem razão aparente. Fiquei feliz por me ter relembrado dele:

WHEELS

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Sinceramente nem tenho muito a acrescentar. Se não é o melhor, e um dos melhores filmes que vi em toda a minha vida. Fascinante!

Quando se têm pessoas que partilham exactamente dos mesmos gostos que tu, sentes que isso é amizade pura. Porque nunca falta assunto, e a solidariedade cultural é recíproca. Foi-me sugerido, e passados 20min já não pestanejava em frente ao ecrã:

Don't Worry He Won't Get Far on Foot

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Na verdade, esta sugestão fez-me recordar que existia o filme anteriormente enunciado, e que eu ainda não o tinha visto. Pelo simples por-maior de ambos assentarem a sua história em cadeiras de rodas.
Se não tivermos atentos ao que de melhor o mundo nos tem para dar, corremos o sério risco de comer o que ele tem para defecar. Pergunto-me se este filme não caberia num cartaz de cinema de centro comercial, no meio dos super-heróis...NÃO! E ainda bem!!

Como já perceberam, a primeira frase deste post continua a desenrolar-se no tempo...

   

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Temos muito que correr...


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Como se sabe, o exercício físico é uma moda bastante saudável, um pouco por todo o mundo. Um estilo de vida que absorve o dia-a-dia de milhões de pessoas. 
Inteligentemente, as grandes marcas juntam-se ao gosto do terráqueo para fazer crescer alguns milhares de moedas à suas cotações em bolsa, gerando assim uma opinião pública favorável à sua hegemonia e crescimento.
Hoje, cerca de 3% da população portuguesa faz exercício físico. Somos, no entanto, um dos países da UE com maior taxa de obesidade infantil...dados que não me espantam de todo, visto que o maior número de pessoas que conheço e que praticam algum desporto, descobriram-no aos 30 anos de idade.
Todos sabemos (mesmo que a maior parte de nós assobie para o lado) que o planeta entrou em declínio pela nossa falta de respeito. Não basta correr 50km por semana, e desfilar o sacrifício no rosto ao fim de semana, afirmando que se quer viver até aos 100 anos porque se corta nos açucares.
Posto isto, associada a esta ideia de saúde e bem-estar, várias marcas patrocinam a Meia Maratona de Lisboa, com uma campanha de marketing condizente com o grandioso fervor em torno do gosto pela corrida domingueira.
Inscrições esgotadas, estaminé montado um pouco por toda a capital e resquícios de furacão, eram as condições ideais para mais uma manhã que batia recordes pessoais a todos os níveis.
A organização foi bastante elogiada por membros do governo, antes do tiro inicial e depois do corte da fita na meta. A imagem de Lisboa foi mais uma vez bem vendida ao mundo.
Corria ainda o ano de 2017, e tive o prazer de apanhar similar evento, mas na capital da Dinamarca. Não notei diferenças algumas. 
Com uma simples excepção:  
Em Copenhaga, às 18h do mesmo dia da prova, não haviam vestígios do que ali se tinha desenrolado da parte da manhã. Em Lisboa, 48h depois do início da prova, foram "esquecidas" centenas e centenas de garrafas de plástico nas bermas do trajecto, que por "culpa" do Leslie ventoso e do domingo ser preguiçoso, plastificaram a zona mais Oriente de Lisboa. 
Pena o vento não estar a favor da Valor Sul...parecendo que não ajudava a atenuar a fraca figura que fazemos quando nos tentamos chegar à frente.
Temos muito que correr...