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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Chega de Je Suis e RIP's

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É impressionante tudo o que se tem passado estes dias em Portugal.
Ponto.

Mas o que mais me continua a impressionar é o comportamento humano.
É igualmente incrível a nossa pré-disposição para com o caos, a desordem e a catástrofe!
Momentos cruéis prendem-nos a atenção como se de um íman se tratasse.
Seja um simples acidente rodoviário, ou uma catástrofe mundial. Só queremos ver, saber, aferir se realmente é assim tão mau quanto pintam. Sentimo-nos atraídos por assistir ao sofrimento e pânico estampado na cara dos outros.
Somos seres que pendemos para contextos dantescos. Nada há a fazer sobre isto.
A imprensa faz o seu papel, enquanto o Zé Povinho lhes dá de comer à boca ficando especados 24h/24h asistindo sempre às mesmas notícias de desgraça, "esperançados" que sejam registados mais mortos, feridos e destruição...sem tudo isto a crescer, o impacto deixa de ter interesse.
Não se fala de outra coisa em todo o lado. A primeira coisa que ouço por aí é: "Já viste aquela desgraça? Já morreu mais alguém? E aquelas crianças...?"
Dá-nos prazer ter pena. 
Não sou diferente dos demais, apenas uma pessoa que gosta de respeitar o sofrimento alheio, contentando-me apenas com o conhecimento do acontecimento, lamentando e ajudando com o que for possível. 
Não espezinhem, não batam mais no ceguinho. Façam silêncio e respeitem o sofrimento dos outros. Assim estão desde logo a ajudar.
Quem por momentos difíceis passa não precisa de audiência mas sim de ajuda.
Levem isto convosco. 

Esta é a minha homenagem a quem combate as chamas e ajuda quem mais precisa. Força nisso!

Ponto.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

O melhor lugar para fugir à confusão dos Santos

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Já em outros anos referi a minha opinião sobre os Santos Populares em Lisboa, principalmente na noite de hoje.
Este ano reforço, que me custa sair de casa para me enlatar como sardinhas e não para comê-las, para atravessar rios de urina e resistir a cheiros de um submundo em ascensão.
Sou um merdas. 
Sim, sei que é o que me querem dizer neste momento.
Mas já experimentaram ir usufruir realmente da noite de santos populares, antes ou depois deste fim-de-semana? É o mês todo sabem?
Ajuntamentos de pessoas é coisa que me faz alguma confusão. 
E Lisboa é tão grande, porque é que têm todos que escolher os mesmos sítios de baile?
Mas para não parecer tão extremista como nos outros anos, vá...este ano abro uma excepção e vou dar o benefício da dúvida, mesmo correndo o risco de não estar na moda, nem tendo uma foto no meio da multidão com um copo de cerveja na mão, para mostrar amanhã.
Fico encarregue assim de vos contar o segredo mais bem guardado da noite de santos populares em Lisboa. 
O local onde consegues fugir à confusão, evitar brigas, comer e beber descansado com amigos à mistura, ao som da tradicional música pimba. 
Mas não contem a toda a gente, se não perde a graça.
Esse lugar é:

CASA

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Diferentes tipos de cola

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Às tantas até gostamos de cá andar, mesmo que isso não tenha significado nenhum.
De tão despegados que alguns possam parecer, a cola não é igual para todos, e fixa de maneira diferente.
Há quem olhe de frente para ela tentando perceber o que lhe vai na alma. Vale tanto a pena que continuamos sem entender grande coisa, mas vale tanto a pena tentar.
Depois, quando pensas que já a entendes minimamente, eis que surge uma dada antagonia que te faz voltar à estaca zero. 
Esta é a magia do quotidiano.
Vivemos na inconsciência de quem pensa perceber tudo em seu redor, mas a cola fixa-nos a ponta do nariz àquele buraco que temos na barriga (ao nosso, não ao dos outros, porque é holograma).
Até somos capazes de ser muito bons numa coisa que detestamos fazer, e muito maus numa coisa que adoramos. 
Até somos capazes de não gostar de nós próprios e amar o próximo. Ou amar a nossa pessoa e não reconhecer o amor como um sentimento alheio.
Esta é a magia. 
A de viver na frustração de tentar percebê-la, ficar na satisfação pelo convencimento de que a percebemos, ou de passarmos por cá sem entendermos que realmente ela não tem significado algum.

A vida tem destas coisas...