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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Programa 1: Pré-vida


Esta é sem dúvida nenhuma, a imagem que mais me tem feito pensar neste últimos tempos.
Vivemos tão sistematizados na azáfama do dia-a-dia, que nem notamos que somos produto criado e acabado de uma uma máquina capitalista sugadora dos poucos anos que cá passamos.
Hoje, vivemos em média 75 anos, o que já de si não é muito. Se traduzirmos este tempo no que realmente significa a palavra "viver", então ficamos com crédito para outras vidas.
O pior é que só vivemos esta (até que me provem o contrário), e se ela já é curta, inserida num sistema destes, acabamos por passar pela vida sem a vivermos.
Tendemos a ser números e apenas isso. Temos que produzir porque se não a máquina não nos absorve e viramos paisagem degradada.
Infelizmente, mesmo quem (como eu) rápido se apercebe deste mundo que foi criado de nós para nós, para enriquecer o amigo de alguém, está preso e não à fuga possível, valendo-nos apenas o apego a crenças ou pequenos momentos de prazer.
Esta imagem é fortíssima, mas não pelas melhores razões. É a metáfora perfeita dos nossos tempos.
O sistema obriga-nos a estudar para trabalhar, a trabalhar para sobreviver, e a sobreviver para não morrer. E a vida vai-nos passando ao lado.
Poucos serão aqueles que chegarão ao seu último dia e dirão: "Foi bom, valeu a pena, fui feliz e fiz tudo o que tinha planeado".
Nunca tinham pensado nisto assim?
Façam um quadro desta imagem e metam na vossa mesa-de-cabeceira. Olhem para ela todos os dias ao acordar e deitar, e reflictam. 
Não é que possamos fazer grande coisa, mas se tivermos esta realidade em mente, ajudará a sentirmos mais culpa de nós próprios por não sabermos viver.
Pelo menos façam como eu: tentem viver sempre no limiar da máquina. Sejam grãos na engrenagem e não oléo da mesma.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Night time Day time

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Sempre foi assim, mas só agora me apercebi do impacto que isto tem na minha vida.
O dia e a noite são dois momentos completamente diferentes para a minha pessoa, e que me levam a crer que tenho dupla personalidade, por vezes.
Passo a explicar:
Sempre que tenho uma decisão a tomar, que optar por uma mudança, sair da zona de conforto...penso, ajo e reajo de formas completamente diferentes de dia e de noite.
Com o dia, a tendência é de acordar decidido e totalmente confiante no que está para vir depois da acção a tomar. Mesmo a forma como olho para os problemas é muito mais optimista de dia.
Ao invés, à medida que vai escurecendo, esse fulgor de humor vai-se desvanecendo, dando lugar ao oposto: à falta de coragem e pessimismo.
De noite, tudo me parece mais dificil, e aquele sentimento de medo em relação ao escuro que a noite nos trazia em putos, anda de mãos dadas comigo.
Para mim a noite não é boa conselheira, traz-me dúvidas, cepticismo e desconfiança, face aos obstáculos e a tudo o que possa ter impacto directo no meu dia seguinte.
Não sei se posso afirmar ter um complexo night time-day time, mas é isto que se passa e sempre se passou.
Será que todos os herois à noite (excepto o Batman), se acobardam e se refugiam no certo e no estável?
Sou refém deste ciclo vicioso, e não sei bem se isto é bom ou mau, mas seguramente é estranho.
Ou será apenas uma reacção animal às diferentes caracteristicas das 24h diárias?

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Valentim, o santo.

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"São Valentim é um santo reconhecido pela Igreja Católica e pelas Igrejas Orientais que dá nome ao Dia dos Namorados em muitos países, onde o celebram como Dia de São Valentim. O nome refere-se a pelo menos três santos martirizados na Roma antiga.
O imperador Cláudio II, durante seu governo, proibiu a realização de casamentos em seu reino, com o objetivo de formar um grande e poderoso exército. Cláudio acreditava que os jovens, que não tivessem família, ou esposa, iam alistar-se com maior facilidade. No entanto, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Seu nome era Valentim e as cerimonias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Entre as pessoas que jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem cega, Artérias, filha do carcereiro, a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentim. Os dois acabaram apaixonando-se e, milagrosamente, a jovem recuperou a visão. O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura: “de seu Valentim”, expressão ainda hoje utilizada. Valentim foi decapitado em 14 de fevereiro de 270.
Entretanto, desde 1969 sua data não é mais celebrada oficialmente pela Igreja Católica em função da precariedade de comprovações históricas que levam em questão até mesmo a sua existência."

Depois desta introdução Wikipédiana, eis que surge aquela data pela qual muitos casais anseiam todo o ano. 
Aquela única data em que os restaurantes enchem, há necessidade de mais uma vez se trocarem presentes, os hoteis e moteis estão esgotados, a venda de preservativos e flores batem recordes, anal deixa de ser tabu e não ter uma filha em noites de matança como esta é fixe.
Ou seja, como podem ver, tudo sinónimo de um dia religioso.
Haja dinheiro e força na verga, que o "amor" faz o resto...

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Long Live Rock 'n' Roll nº 88


O novo ano promete discos de qualidade para todos os gostos.
Se 2016 já foi generoso, estes primeiros dias de 2017 estão a deixar-me sem tempo para "descascar" tudo o que de bom vai saindo à rua.
Na sexta feira passada foi mais um desses casos. 
Os Moon Duo acabam de lançar mais um longa-duração "Occult Architecture Vol.1" e é uma viagem alucinante, entre riffs empoeirados e mantras hipnotizantes.

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Este é um álbum que demonstra bastante bem o caminho que a banda vem trilhando no lado mais psicadélico do rock.
A energia que emana deste casal de músicos, funciona ao vivo de uma forma impressionante.
Já os podia ter visto em mais do que uma ocasião, mas facilitei...
Não tenho facilitado na audição deste novo trabalho, há já algum tempo aguardado impacientemente por fãs do género, como eu.
Em escuta exaustiva.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Status Quo

Imagem relacionada

Pah, andoro andar de Metro.
Acho que se queres conhecer o sitío onde vives, não há local mais fidedigno, que te dá a melhor amostra da realidade que te rodeia.
Como sou um observador nato dos comportamentos humanos, estas são oportunidades de ouro que tento não desperdiçar, e nas quais me deleito (salvo seja).
Consigo ver como as pessoas tentam interagir umas com as outras, mesmo quando a interacção não é consentida.
É hilariante a ginástica que se faz para tentar perceber o que a outra pessoa vai a fazer no telefone, que livro está a ler, que conversa está a ter, ou que decote generoso é aquele...
Também há quem durma e se apresente com as caras mais fantásticas do universo. Parecendo seres em decomposição!
Há ainda pessoas que fazem magia, como por exemplo aquele senhor que consegue manter uma conversa telefónica com o telefone ao contrário.
Os engates são coisas banais...
Existem também os actores principais. Pessoas que mantêm toda a carroagem focada no seu discurso. A que parece perceber menos é aquela que devia ser a única ouvinte.
Mas o melhor de tudo, ainda são aquelas que continuam a querer fazer moches sempre que o Metro trava ou arranca! Por vezes parece bowling.
Espaço social como este não existe. 
Se bem reparo: as pessoas andam sem paciência umas para as outras. Ao mínimo deslize aí vem a má educação...já ninguém tolera ninguém.
Seremos a mais? Iguais de mais? Ou diferentes de mais?
Os próximos tempos, da minha parte, esperam-se épicos.

PS: Ah quase me esquecia! Continuo da opinião que deveria haver legislação para o uso de leggins #legginsnaosaocollants