Esta é sem dúvida nenhuma, a imagem que mais me tem feito pensar neste últimos tempos.
Vivemos tão sistematizados na azáfama do dia-a-dia, que nem notamos que somos produto criado e acabado de uma uma máquina capitalista sugadora dos poucos anos que cá passamos.
Hoje, vivemos em média 75 anos, o que já de si não é muito. Se traduzirmos este tempo no que realmente significa a palavra "viver", então ficamos com crédito para outras vidas.
O pior é que só vivemos esta (até que me provem o contrário), e se ela já é curta, inserida num sistema destes, acabamos por passar pela vida sem a vivermos.
Tendemos a ser números e apenas isso. Temos que produzir porque se não a máquina não nos absorve e viramos paisagem degradada.
Infelizmente, mesmo quem (como eu) rápido se apercebe deste mundo que foi criado de nós para nós, para enriquecer o amigo de alguém, está preso e não à fuga possível, valendo-nos apenas o apego a crenças ou pequenos momentos de prazer.
Esta imagem é fortíssima, mas não pelas melhores razões. É a metáfora perfeita dos nossos tempos.
O sistema obriga-nos a estudar para trabalhar, a trabalhar para sobreviver, e a sobreviver para não morrer. E a vida vai-nos passando ao lado.
Poucos serão aqueles que chegarão ao seu último dia e dirão: "Foi bom, valeu a pena, fui feliz e fiz tudo o que tinha planeado".
Nunca tinham pensado nisto assim?
Façam um quadro desta imagem e metam na vossa mesa-de-cabeceira. Olhem para ela todos os dias ao acordar e deitar, e reflictam.
Não é que possamos fazer grande coisa, mas se tivermos esta realidade em mente, ajudará a sentirmos mais culpa de nós próprios por não sabermos viver.
Pelo menos façam como eu: tentem viver sempre no limiar da máquina. Sejam grãos na engrenagem e não oléo da mesma.