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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Que cromos!!


Tenho o orgulho de afirmar que fui uma criança extremamente feliz, como tudo o que isso implica.
Como todas crianças felizes deste portugal, fui eu também um tremendo viciado em cadernetas de cromos. 
Sendo sincero, não tenho muitas recordações das minhas colecções, mas numa limpeza de baú. na casa dos meus pais, lá estava com ar velhinho e usado, a famosa primeira caderneta de cromos que completei na minha vida, com ar de quem precisava de uns minutos de atenção! 
E eu não resisti.
As páginas (quase papiros) foram sendo desfolhadas por mim com enorme cuidado, tal qual arqueólogo acabado de encontrar um tesouro enormíssimo.
À medida que a ia desfolhando, as recordações começaram a despontar como flores na primavera. Belos tempos, em que poupava no dinheiro do lanche para, ao fim de cada dia, comprar algumas saquetas de cromos, na esperança de ser o primeiro dos meus amigos a completar a caderneta. 
Hoje, lembro-me de ter sido uma criança frustrada sempre que me saiam os malditos cromos repetidos!! De resto, o meu maço de repetidos era quase tão alto como as pernas das mesas em que eu me sentava a colá-los. Ahhh!! essa parte era o auge...o momento em que te sai aquele cromo tão esperado, e que tu com toda a delicadeza do mundo colas naquele quadradinho solitário!! 
Afinal a Panini sempre soube como me fazer feliz.
Os intervalos das aulas eram uma espécie de assembleias gerais de coleccionadores de cromos. Ali as regras eram semelhantes ao mercado negro, e resumia-se a uma simples regra: valia tudo para conseguires aquele cromo!
No entanto, ainda hoje guardo na memória um dos momentos mais traumáticos da minha infância. O momento em que o meu jogador preferido me saiu (João Pinto), o que me faria completar o meu glorioso, colando o único cromo brilhante naquela página sedenta do seu número 8. 
Este devia ter ficado como um dos episódios mais importantes (positivamente falando) de todo o meu tempo de petiz. Mas não! No momento de abrir a saqueta de cromos, o meu querido João Pinto (brilhante) foi completamente dilacerado por mim, como se se trata-se do Jorge Costa, de quem já tinha 20 pá troca!! 
Nem é bom lembrar-me disto...(neste momento as lágrimas escorrem-me pela cara, porque me lembrei que o meu ídolo de infância foi um traidor).
Ainda no que toca ao folheio da minha caderneta de cromos de futebol da época 94/95, dei por mim num fartote ao deparar com as carinhas larocas que me foram aparecendo. Querem exemplos não é?
Se prometerem que não se riem... 
Conhecem algum?

[Paulo+Bento.jpg]
[Vitor+Baía.jpg]
[Deco.jpg]
[Fonseca.jpg]
[Sérgio+Marquês.jpg]
[Pedro+Emanuel.jpg]
[Ricardo+Carvalho.jpg]

Se calhar é melhor ficar-me por aqui não é?
Espero que um dia volte a comprar dezenas de saquetas de cromos deste tipo, mas não para mim!!
Deste Barão saudosista!
  

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Empregar com estilo!!!


Hoje o meu dia ofereceu-me mais algumas particularidades deste mundo, que me fazem pensar, e muito!
Numa incursão pelo El Corte Inglés, reparei em algo que até então nunca me tinha chamado à atenção.
Nunca antes tinha reparado que esta cadeia de shoppings tem mais funcionários que clientes, por metro quadrado! Mas a grande particularidade, por mim encontrada, é que todos os funcionários, seja a sua área de trabalho qual for, apresentam um figurino de fazer inveja a qualquer dono de numa qualquer multinacional de sucesso. De facto, quem ali entra e repara no mesmo que eu, tem a sensação que irá, a todo o momento, ser atendido na caixa pelo Jerónimo Martins em pessoa ou, quem sabe, pelo próprio dono do espaço, porque realmente todos eles e elas têm cenário para o serem.
Todos/as de fato implacavelmente engomado, e respectiva gravata ou laço, cabelo geometricamente penteado ou arranjado, a maquilhagem nas senhoras é completamente profissional. O mais incrível disto tudo, é que se apresentam assim em qualquer canto do shopping. Por exemplo, na hora de pagar as toalhitas para cão, na respectiva área, onde se vendem apenas produtos para animais de estimação, qual não foi o meu espanto quando sou atendido por um indivíduo, que pelo aspecto, me levou a pensar que estava a comprar um carro num stand de luxo. Ainda olhei em redor para me certificar se estaria na zona correcta, e ao confirmar que sim o meu cérebro começou a trabalhar no assunto até agora. E não, ainda não arranjei explicação para tal vicissitude!
Bem sei que o El Corte Inglés é uma cadeia de shoppings que, pelos preços que pratica, se destina à burguesia e nobreza, mas mesmo assim, não será esticar um pouco a corda?
Qualquer trabalhador do Pingo Doce ao pé destes exemplares parece (sem qualquer desprimor) um varredor de rua, tal é a "chama" que estes mandam.
Este meu reparo levou-me também a repensar o meu futuro...Afinal posso trabalhar num shopping destes e dizer a toda a gente que sou gestor da Microsoft Portugal, ou assim!! 
De certeza que já muitos destes fizeram algo do género para engatar alguém à saída do trabalho. Se não o fizeram, são burros!
No entanto, devo mais uma ao El Corte Inglés!
Como disse atrás, esta cadeia tem como público alvo a burguesia e a nobreza, logo os carros que por ali circulam são todos de topo. Meu pobre Yaris... 
Ainda assim, reparei que todas as pessoas que por ali andam a mostrar a sua bomba, não tiraram a carta, compraram-na! Ou então tiraram-na em dois dias num descampado de terra batida, onde nem insectos haviam a voar! Digo isto porque, num espaço onde estão sinalizados três lugares de estacionamento, estas aves raras ao volante, "conseguem" estacionar apenas a sua nave nuns "humildes" 2 minutos de manobra. E depois saem com aquela pose de Schumacher, como se tivessem feito a manobra das suas vidas em tempo recorde!
Naquele espaço tudo cheira a artificialismo e espécies raras. Até à fachada!
Enfim...                








   

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Wemoto, a última tentação


Andava eu tão poupadinho quando, sem mais nem menos, uma das minhas lojas preferidas em Lisboa decide lançar uma nova marca em Portugal. 
Como um fiel seguidor de modas e extremo apreciador de roupas, já era do meu conhecimento a WEMOTO. Contudo, apaixonando-me por quase todas as colecções, havia sempre uma barreira entre mim e a marca. Ou seja, o seu elevado preço. E como pareço ter olhos de lince para as peças mais caras, fiquei-me sempre pelos desejos por concretizar.
Pois bem, esses desejos parecem ter os dias contados, porque algures no bairro alto existe uma loja que apresenta a colecção na íntegra, de um modo quase massacrante para quem gosta de roupa e ao mesmo tempo quer poupar...
A WEMOTO (não sendo uma marca de motas) é uma marca de streetwear alemã, relativamente recente, que vem agora invadir a Europa com o seu bom gosto e com as suas fortíssimas colecções de inverno. Se por vezes são as t-shirts que nos apaixonam nestas marcas, para mal dos meus pecados, desta vez são principalmente os casacos de inverno. 
Quando digo para mal dos meus pecados, refiro-me a tais casacos como sendo as peças mais caras da marca.
Digam lá se não são fantásticos:





A má notícia é que nunca conseguiremos comprar qualquer casaco da marca alemã abaixo dos "simbólicos" 120 euros!
Por um lado percebo os elevados preços praticados pela WEMOTO, porque, primeiro é novidade, depois a sua roupa marca a diferença, necessita de competir com outra marcas do tipo, como a Supreme Being (também ela fantástica, no que a casacos e camisolas diz respeito), e sendo uma marca alemã...maldita Merkel!
Marcas como esta, apresentam sempre uma particularidade bem positiva que se prende com o facto das suas colecções serem bem diminutas, mas mesmo assim não existe uma peça que não te faça crescer água na boca! 
Costuma-se dizer que a qualidade tem preço. Eu acrescentaria que a qualidade e a diferença têm que se pagar. Assim, não me resta outra alternativa se não partir o porquinho que estava a encher e investir num inverno bem quentinho.
Deixo-vos com o site da marca, onde podem ser alvos de um tremendo impulso consumista:


Não façam como este Barão e poupem!!






sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Long Live Rock 'n' Roll nº43




Foi numa das muitas minhas incursões pela Internet musical, que me surgiu a banda de hoje. Sem explicação plausível, passara-me entre os dedos tais grãos de areia, e agora que a encontrei cola-se-me aos ouvidos como lapa em rochas na maré vazia.
A banda em questão junta numa sonoridade viril, tudo o que o meu ouvido consome. Uma pitada de post, um pouco de stoner, blues q.b, braseado com um rock psicadélico a cheirar a Hendrix, que é de crescer água nos ouvidos!
Hoje apresento-vos os desconhecidos, "Been Obscene".


Este quarteto austríaco, formado em 2008, em Salzburgo, é composto por: Thomas Nachtigal (voz/guitarra), Peter Kreyci (guitarra), Philipp Zezula (baixo) e Robert Schoosleitner (bateria).
Actualmente, apresentam dois trabalhos. O primeiro editado em 2010 "The Magic Table Dance", que os catapultou para um patamar de honra na cena roqueira europeia. Mais tarde, já em 2011, "Night O'Mine" conhece a luz do dia, e veio confirmar as suspeitas deixadas no primeiro álbum: estávamos perante uma banda à séria!
Como resumo do que têm feito até hoje, os "Been Obscene" têm-se apresentado um pouco por todo o mundo, como banda de abertura, para os seus ídolos e maiores influências, como são os casos de Rotor, Fu Manchu, Colour Haze, Brant Bjork...que agora são os seus mentores e maiores críticos, esperando-se que sirvam da melhor forma, como barriga de aluguer, para este projecto que tem tudo para começar a juntar aos seus pés fãs de perder de vista.
Uma característica inata à natureza da banda é que parece não se deixar conhecer por completo, o que nos deixa sempre com uma sensação de gulodice nos ouvidos!
Outra das suas características é a de não haver noção de single nos seus trabalhos. Assim, têm o mérito de compor músicas todas elas muito equilibradas. Logo, arrisco-me pela seguinte:


Bom proveito e bom fim de semana!!
   

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Hayao Miyazaki: o fim de uma lenda


Esta semana fiquei triste. 
Triste por um pormenor que pode fazer toda a diferença nas nossas vidas, enquanto crianças e adultos.
Numa conversa com vários amigos, foi-me revelada a cruel ignorância segundo uma verdade que para mim era, até então, inquestionável. A meio da conversa começo a referir-me a um dos meus ídolos enquanto criança crescida, um tal de Hayao Miyazaki. Fôra este senhor o responsável pelo meu fascínio por desenhos animados, e pela minha primeira experiência, até hoje inesquecível, com a Heidi e o Pedro (talvez os meus preferidos de sempre).
Quando me começo a entusiasmar e a desenrolar a conversa em torno deste senhor, reparo que nenhum dos presentes, para além de mim, conhece os desenhos animados em questão, e muito menos o seu lendário autor. Fiquei, e ainda permaneço triste, porque partia do principio de que, qualquer criança crescida feliz, como eu, devesse tal estatuto a Hayao. Mas não!
Para que jamais volte a acontecer, falo-vos um pouco acerca do quem tem sido, e o que tem feito esta lenda.
Resumidamente, o japonês Hayao Miyazaki é um dos mais famosos e respeitados criadores do cinema de animação japonesa, alcançando sucesso e reconhecimento em todo o mundo. Iniciou a sua carreira em 1963, trabalhando para a Toei Animation, produzindo a sua primeira longa-metragem "Watchdog Bow Wow". Produziu um grande número de mangás/animes, e séries de TV até 1983, quando começou a dedicar-se exclusivamente às longas metragens. 
Graças ao grande sucesso do mangá "Nausicaä of the Valley of the Wind", Hayao Miyazaki em parceria com Isao Takahata, funda o seu próprio estúdio de animação, o estúdio Ghibli, no qual viria a produzir as suas mais premiadas e reconhecidas animações.
Entre os sucessos surge-nos alguns bem familiares como: "Porco Rosso", "O Castelo Voador", "Ponyo", "Princesa Mononoke", e para mim o melhor: "A viagem de Chihiro".


Mundialmente reconhecido como uma pessoa pacifista, o japonês Miyazaki inspira-se, muitas vezes, em familiares e amigos seus para dar vida às suas personagens. Sempre que lança uma nova longa-metragem anuncia que será a última, e que é tempo de se retirar. O que felizmente não tem acontecido, mesmo aos 72 anos.
Ainda no início da sua carreira o seu trabalho despertou a atenção da Disney, muito por culpa do sucesso europeu de "Heidi", o que lhe permitiu a entrada nas telas ocidentais pela porta dourada.
Enumeros prémios e distinções depois, entre os quais uma nomeação e uma vitória nos Oscares, em 2006 e 2003 respectivamente, parece que é desta que o velhote contador de histórias vai mesmo "pendurar as chuteiras", com a apresentação do seu mais recente filme, em Veneza, "O vento levanta-se".
Eu cá espero bem que não!
Deixo o trailer do mesmo:


Se és como aqueles amigos meus e vives na ignorância em relação ao que foi descrito acima, ganha vergonha e aproveita as coisas boas desta vida. Pega num qualquer filme de Hayao, porque estes são todos para todas as idades, e cada um deles à sua maneira, vai dar-te sempre alguma coisa para a tua evolução enquanto pessoa. 
É impossível não gostar da obra deste mestre!
Eu sou completamente fã!!


    

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Vanity Fair: Ser ou parecer? Eis a questão...


Hoje quero falar um pouco sobre a minha forma de ver a maior comunidade social da Internet, que dá pelo nome de Facebook.
Estou longe de ser um expert na matéria, pelo menos a contar pelo tempo a que aderi a esta plataforma social. Pouco mais de um ano.
Para mim, o Facebook prende-se quase exclusivamente com a necessidade de chegar a mais de vocês. É assim a minha principal ferramenta de difusão de todo o que este blog nos conta diariamente. Até então nunca antes tinha sentido necessidade de o ter. Algo a que os meus amigos chamavam de embirração...
Um ano e tal depois, o Facebook consegue surpreender-me todos os dias. Digo surpreender, para não dizer escandalizar!
Venho-me a aperceber, com o passar da pouca utilização que lhe confiro, que este vai muito mais além do que apenas um simples "livro de faces", onde os amigos podem trocar ideias. É uma espécie de canivete suíço, dando "tanto para isto como para aquilo".
Como já vos disse, o meu Facebook é apenas um espaço onde vou pontualmente ao dia, para postar coisas do blog e partilhar gostos musicais, bem como para me actualizar em relação a amigos que não tenho possibilidade de ver com regularidade. Serve-me também para manter uma certa dose de actualização em relação às temáticas do meu interesse...Esta a meu ver é a parte boa e justificável da coisa. Mas como tudo o que tem um enorme sucesso junto de nós, também ela tem a sua parte negra, que pode mesmo ultrapassar os benefícios da boa utilização.




Dentro das milhares parvoíces sem justificação que me aparecem nesta plataforma, surgem: a exposição excessiva, e mesmo corriqueira  da vida pessoal de alguns utilizadores (que veio chutar de vez o velho método de regateirice porta-a-porta. Aqui sabe-se a pormenor da vida de toda a gente!), fim de relações, o convite à vida "faz de conta", a banalização das relações entre semelhantes, o bordel online, a falta de bom-senso na escolha dos assuntos postados, tentativas de homenagens descabidas para aquele local, a feira de vaidades...enfim, o lado negro da pessoa humana está a nu em alguns casos!
Claro, que como afirmei acima, o Facebook pode ser uma excelente ferramenta de suporte às nossas vidas. Em alguns casos mesmo, de sucesso profissional. Agora a mim, não me parece que seja o sítio indicado para homenagear uma pessoa falecida, expor o dia-a-dia de bebés e crianças...
Por outro lado, o Facebook vem corresponder à tremenda falta que fazia a certas pessoas, invadir a "casa" do vizinho a qualquer hora e sem restrições, bem como à grandiosa necessidade que outras têm em ser tema de conversa a cada 5 minutos. Sim, porque há quem actualize o seu estado mesmo antes de saber o que vai fazer a seguir, mesmo que isso implique ir ao WC!
Agora pensem comigo: Haverá maior Big Brother que o Facebook?
Existem certas coisas que o meu bigode não entende, vá se lá saber porquê...   

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Eu Barão - Geek vs Nerd


Meus caros, já não leio nada faz esta semana 3 meses! Logo, um sentimento terrível de ressaca apoderou-se de mim sem misericórdia.
Já sonho acordado com o facto de estar a ler um livro, e tenho pesadelos, constantemente, como quem entra numa biblioteca e é devorado por milhares de livros poeirentos!
Deste modo, vi-me obrigado a tratar desta minha carência, esta semana. E como a vontade é tanta, abriu-me a porta da coragem e do apetite para pegar numa coisa que até agora era completamente tabu na minha cabeça. 
Como já devem saber, já li tudo o que existe sobre "As crónicas de gelo e fogo" (a obra que deu origem à famosa série de TV: "A Guerra dos Tronos"), e como, em média, cada livro demora cerca de 5 anos para chegar ao mercado, decidi que será esta semana que o meu cérebro de Geek/Nerd estará preparado para iniciar uma nova aventura. Ou melhor, pelo que se fala: a aventura!
Com algum espanto perante a minha pessoa, vou ter o meu primeiro contacto com o mundo de Tolkien, nomeadamente, com a sua maior obra "O Senhor dos Anéis".
Ainda me lembro, há cerca de 10 anos atrás, seguir viagem de comboio para Alverca, e sentados à minha frente seguiam dois exemplares dos termos que citei acima, que abraçando um estranho livro que dava pelo nome de "A irmandade do anel", trocavam ideias sobre o mesmo, em inflamado debate. Algo, que para mim, não passou de mais um daqueles diálogos ridículos de pessoas sobre-dotadas...


Hoje, sou eu quem tem a barba grande, cheira a naftalina, é o caixa de óculos...e que daqui a uns meses vai entrar em fóruns de forma a debater as minhas ideias sobre as diferentes personagens desta novela.
Não, juro que nunca vi mais de dois minutos dos diversos filmes que já existem sobre a obra de Tolkien. Nesta parte sou eu quem é o anormal! 
Devo constar nos 20% da humanidade que nunca contactou com o mundo dos Hobbits!!
Mas é verdade, e sendo sincero, até estou entusiasmado com a ideia e não vejo a hora de iniciar aquilo que me ocupará os tempos livres durante largos meses, dada a grossura de cada livro.
Devo conceder-vos, pela primeira vez, todo o direito de me chamarem tudo o que quiserem. Mas a vida é só uma, e nunca ouvi ninguém dizer mal desta obra. Logo, não poderei morrer na ignorância. Se esta é mais uma das melhores obras que temos no mundo, criada por uma cabeça brilhante, eu terei que desfrutar dela.
Se gostar apenas de metade, em relação àquilo que gostei da saga "As crónicas de gelo e fogo", já me sinto concretizado. Com a grande vantagem de Tolkien ser considerado o mestre!
Este Barão vai dando notícias em relação a toda esta minha nova personagem que vou descubrindo em mim.
Ás vezes assusto-me comigo próprio!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Os Gays também podem ser maus!!!


Um destes dias, numa das minhas muitas passeatas com o Sushi, senti uma coisa que nunca antes tinha sentido com tanta intensidade: MEDO!!
Levava eu a minha vida normal, quando algures a meio do caminho a natureza humana falou mais alto, e a necessidade de encontrar uma casa de banho tornou-se o meu objectivo de vida mais importante.
Aqui, no Parque das Nações, até existem duas casas de banho públicas entremeadas pela ponte Vasco da Gama, o que se apresentou como a minha única alternativa plausível, a fazer contas à distância que me encontrava de casa.
A cada puxão do menino Sushi, o litro de urina que se apoderou da minha bexiga dava sinais de poder evacuar-se pelas minhas pernas a baixo a qualquer instante, retomando eu a minha sina de criança...
Finalmente, como quem vê um oásis em pleno deserto, consegui alcançar o que parecia impossível: o WC público que fica mesmo em frente ao skate-parque. Logo me apressei na direcção da sanita mais próxima, e iniciei quase de forma quase automática uma necessidade fisiológica que se previa de duração nunca inferior a 1 minuto. E assim foi!
Mas este post não quer tratar da minha fogosa urinadela, a imagem de terror vai muito mais além disso.
Durante aquele minuto tive tempo, e a pouca sorte, de reparar no que estava escrito numa das portas. E acreditem que era muita informação. Ao começar a ler, um misto de pânico e medo apoderou-se de mim tal qual uma jibóia se enrola em nós. Sustive a respiração, aumentei a intensidade do jacto de urina, comecei a transpirar em bica, atentei ao mais pequeno sinal de aproximação alheia...vi-me como que uma gazela solitária no meio de uma savana dominada por leões!
O teor do que estava escrito naquela porta ainda hoje me assombra os dias.
Pois bem, a maior parte resumia-se a um número de telemóvel seguido de palavras com um tom extremamente ameaçador. 
Existe uma que não me saí da cabeça: "9#%&"/"(1, tudo incluído, activo, 18cm, atendo nesta casa de banho entre as 15h/18h"!!!!!!!!!!!! 
Já leram coisa mais assustadora que isto?
O pior é que faltavam apenas 2 minutos para as 15h, e eu ainda não tinha acabado a minha tarefa líquida. Ou seja, estava no meio de um filme de terror, onde o "mau" podia chegar a qualquer momento.
Agora à distância de uns dias, nem sei se acabei de urinar por completo, se tive que o fazer num sítio mais seguro. Afinal, estava em pleno território inimigo com a minha "arma na mão". Hoje sei que corri o maior dos perigos.
Ontem voltei a lá passar, muito cuidadosamente, para perceber se aquela WC era exclusiva para gays...certo ou errado, nunca mais lá meto os pés.
Este Barão correu perigo de vida num destes dias. A partir de então, apenas entro em casas de banho públicas que tenham espelhos retrovisores!!!
UGASSSSS!!!  

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Long Live Rock 'n' Roll nº42


A minha paixão por música instrumental (post rock) cresce de dia para dia.
Não só por culpa das influências de Linda Martini, mas principalmente por ser aquele tipo de som que me concede viagens a sítios que nunca pensei ir, mesmo sem pagar bilhete.
Hoje vou-vos falar da primeira banda do género que ouvi, e que continua a ter um lugar especial na minha discoteca e ipod.
Apresento-vos os grandes Mogwai.


Uma das principais bandas do chamado post-rock (rótulo criado nos anos 90 para definir a música complexa e experimental de grupos como Slint, Tortoise, entre outros), os Mogwai nasceram na cidade de Glasgow, na Escócia, por Stuart Braithwaite (guitarra–vocal), Dominic Aitchison (baixo–guitarra), Martin Bulloch (bateria) e John Cummings (guitarra).
Como curisidade, o nome da banda tem origem nos personagens Mogwai, do filme Gremlins.
O primeiro disco do grupo foi a compilação "Ten Rapid", lançada em 1997, reunindo os primeiros singles da banda. No primeiro álbum de estúdio, "Young Team", os Mogwai contaram com um membro temporário, o Brendan O'Hare (ex-Teenage Fanclub).
No álbum seguinte, "Come on Die Young", lançado em 1999, Barry Burns (teclados – guitarra) ocupou o lugar deixado por Brendan O'Hare, tornando-se oficialmente o quinto integrante da banda.
"Happy Songs for Happy People", um álbum com título no mínimo irónico, foi lançado em 2003. Na sequência saiu "Mr Beast", em 2006. E ainda nesse ano, os Mogwai compuseram a banda sonora do documentário "Zidane: A 21st Century Portrait", filme sobre o jogador francês de futebol Zinedine Zidane.
Em 2008, a banda lançou o álbum "The Hawk Is Howling", que de resto marcou o meu primeiro contacto com a banda. Dois anos depois, saiu o primeiro disco ao vivo do grupo, "Special Moves", em CD/DVD.
Depois de um longo período tendo os seus discos lançados nos EUA pela Matador Records, em 2010 a banda "rasgou o contrato" com essa editora e assinou com a Sub Pop. No ano seguinte saiu "Hardcore Will Never Die, But You Will", o sétimo álbum de estúdio do Mogwai, e na minha humilde opinião, o melhor da banda.
Fica um miminho:

Estes senhores já estiveram em Portugal e deram sempre grandes concertos. Para quando o próximo?




terça-feira, 15 de outubro de 2013

Este Tony também não canta nada!


Nem sei por onde começar. Mas talvez seja melhor pelo início.
Um dos meus ídolos de infância prepara-se para vir espalhar charme para os lados de Carcavelos!!
É verdade, a lenda do skate Tony Hawk vem a Portugal para um evento da Moche que mete à mistura skate e música.
Este é daqueles senhores que me fez estragar varias calças e ténis, a contar pelas vezes que me espalhei ao comprido no skatepark do CTX. Já para não falar do vício que até à bem pouco tempo me queimava pestanas, quer no pc quer na psp. De facto, os jogos baseados nesta lenda faziam-nos passar horas a tentar apanhar aquela cassete, ou fazer aquela manobra, e quando olhávamos para o relógio já tinham passado um bom par de horas.
Este é daqueles casos em que posso afirmar que houve uma personalidade bastante influente na minha adolescência. Andar de skate (ou tentar), ouvir punk rock, usar calças largas, ténis de marca americana e ficar acordado até de madrugada para ver aquela manobra (900º) que só o Tony fazia para ganhar os X-Games, eram as suas influências em mim. Lembram-se?


Agora reconheço que não passou de um ídolo para mim!
De resto, é já no dia 26 de Outubro, a partir das 17h00, que podemos ver as espectaculares manobras de Tony Hawk, o maior skateboarder de todos os tempos, que se fará acompanhar dos grandes profissionais de skate a nível mundial Neal Hendrix, Lizzie Armanto, Elliot Sloan, Kevin Staab, Lincoln Ueda entre outros.
Montada no recinto em frente à praia de Carcavelos (parque terra) vai estar a maior rampa de sempre vista em Portugal: com seis metros de altura e uma área de 17m x 18m, esta é a única rampa que permite a realização de manobras em rotação de 900º, tal como acontece nos X-GAMES, aquela que é considerada a maior exibição mundial de skate vertical do mundo.
Para melhor visualizar e vibrar com as manobras, o público terá ao seu dispor ecrãs led gigantes e um sunset assegurado pelos Orelha Negra. A noite musical conta ainda com dois grandes nomes do air play internacional do momento: Naughty Boy (do hit ‘Lalalala Song’) e Icona Pop (do super hit ‘I don’t care’) que está pela primeira vez em Portugal. Ao longo da madrugada de 27 de outubro, sobe ao palco um dos maiores DJs nacionais - Mastiksoul, Henri Josh (DJ residente MEO SPOT) e os novos “infants terribles” do DJ – Karetus - que fecham uma noite memorável de skate e música.
Podiam era ter escolhido um cartaz mais a condizer com a qualidade deste campeão. Sei lá, assim de repente...Pennywise  ou NOFX seria pedir muito???
Este é que é o verdadeiro Tony, mesmo continuando a não saber cantar!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O que os meus sapatos de trabalho dizem de mim?


Hoje é dia de primeiras vezes, aqui no espaço do Barão. Primeira vez que vou falar na terceira pessoa, e primeira vez que falo naquilo que tem sido a vida (dele) ao longo dos últimos 20 anos.
Parece que foi ontem que decidi entre futebol e karaté. No entanto, escolha feita era tempo de arrepiar caminho. Caminho esse que sem ser brilhante, tem conseguido encher as pessoas mais importantes de orgulho.
Deixar de lado os sentimentalismos e ir directo ao assunto que me traz aqui hoje. 
Todas as profissões têm o seu material de trabalho especializado, e a minha não foge à regra. O objectivo deste post é dar-vos a conhecer o historial do meu calçado de trabalho até hoje. A evolução e preferências, no que a chuteiras diz respeito.
O meu 7º aniversário ditou que teria de ter as minhas primeiras chuteiras. Como o campo era pelado, e como não fazia a mínima ideia que marcas haviam e quais as melhores, foi pelo gosto de quem me acompanhara nessa minha primeira investida pelo mercado de material desportivo, que decidi. Assim sendo, depois de muita indecisão, a minha escolha recaiu sob estas Lotto:


Escusado será dizer que nem dormi nessa noite...afinal era a minha primeira vez empoleirado em cima de botas com pitons!
Nesta altura as chuteiras duravam no máximo 1 mês, dadas as características dos campos que pisava, e do excessivo uso que lhe conferia.
Passado esse mês, já com a minha mãe a suspirar de desespero financeiro, lá fomos nós de novo ao Noca. Agora foi mais fácil. Tinha ficado com elas debaixo de olho da primeira vez:

Estas lá duraram mais uns tempos, muito por força dos avisos que trazia comigo de casa, com o clássico "quem te deu estas já não te dá outras". "Tá bem larem", nem sabiam o que ainda estava para vir...
Tempos mais tarde, foi altura de ter as minhas primeiras botas como deve ser. Se o João Pinto tinha eu também tinha que ter. Mal sabia eu que eram apenas réplicas baratas...

Contente até mais não, estas apelidaram-me de "ratinho da área"!!
Golos atrás de golos, lá fui eu parar ao clube que mais odiava (S.C.P). Aqui a música era diferente. Logo no segundo dia, sendo apenas infantil, já calçava as míticas Copa Mundial!

Destas tive vários pares, calçando-me durante alguns anos. Ainda me lembro de roubar molas à roupa estendida, e elásticos aos papeis, para que no primeiro treino da época a pala fosse a mais perfeita de todas. Este função era por mim considerada uma arte...
Regressando ao S.L.C, era tempo de esquecer o passado e começar do zero. Agora a Nike estava na berra e eu não podia deixar passar isso em claro. Vários foram os modelos caríssimos que eu remetia ao crime de pisarem um pelado. Ora vejam:


Ainda hoje me censuro por colocar chuteiras desta qualidade num campo de batatas. Será preciso dizer que os pitons desapareciam ao fim de dois treinos??
Depois disto atingiu-me a febre Ronaldo "O fenómeno". E as suas maravilhosas Mercurial Vapor, e o seu maravilhoso preço!!!
Tive várias, até à minha primeira época de sénior:




E assim terminou o meu encanto pelas chuteiras da Nike. Há cerca de 8 épocas que não lhes ponho os pés.
Engraçado no seio de um balneário é a capacidade que temos de olhar para a forma de jogar de cada um, e ser fácil adivinhar que botas usam, e quais são a sua cara. Levou tempo a perceber que era jogador de...digo mais à frente!
Pelo meio regressei novamente à Adidas, desta vez para calçar os novos modelos Predator, muito por culpa da minha "paixão" por Beckham. Estas foram as senhoras que se seguiram, o que me custou várias investidas de comboio à capital:





Estas últimas, talvez tenham sido as chuteiras que mais me fizeram sentir jogador! 
Com a minha primeira época de sénior começou também a minha viajem pelo mundo, até então desconhecido, Puma.
Seguem-se vários modelos e cores, era fácil quando vários colegas trabalhavam no armazém da marca:




Deixo-vos apenas com estes, pois tive muitos mais. Esta marca acompanhou-me em duas subidas de divisão até à Liga Orangina.
Fim do sonho Orangina, segue-se o Pinhalnovense, onde me esperava um autêntico "Dream Team". O que me fez perceber que estava a transformar-me num jogador mais maduro e com características de quem calça...ainda não é agora!
A loucura pelo, então, novo modelo Adidas F50 Adizero acabara de começar. E como as despesas ainda eram poucas nesta altura, tive quase todas as cores e todos os modelos. O que hoje, chamo de "parvoíce":









Este modelo acompanhou-me até a época passada, já em Mafra. Mas como nem bom é pensar nessa época, talvez fosse a melhor altura para romper com o passado e acabar com as botas da moda.
Numa fase de transição e necessidade de pré-época, surgiu a oportunidade de usar pela primeira vez o modelo LZ. E foi o que fiz:
Foram uma agradável surpresa, pois o meu preconceito em relação ao modelo esfumou-se e fiquei incrivelmente bem impressionado. No entanto, ainda as calço hoje mas prefiro chamar-lhes apenas chuteiras de transição.
Ao fim de todo este percurso (que espero, estar longe de acabar), cheguei finalmente à minha praia. Falo-vos das clássicas Adipure. Botas que passarei a usar já a partir de amanhã no treino:
Acabadinhas de chegar, e já com enormes expectativas da minha parte, pois é a primeira vez que vou calçar este modelo que tanto me agrada.
Por incrível que pareça, já em Dezembro passarei a usar as seguintes, com chegada prevista para dia 30 de Novembro:

Agora sim, é fácil perceber que me tornei um jogador, claramente, de Adidas! Pelo menos todos o dizem, e para mim a melhor marca de chuteiras de futebol.
Este Barão sabe como pisar bem. Pena as chuteiras não jogarem sozinhas...